quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Dai-me almas.O pastoreio midiatizado da TV Canção Nova



Gilson Soares Raslan Filho

RESUMO
É necessário questionar as religiões para que se compreendam as estruturas do mundo?
Como o sagrado do divino católico cristão, narrado pelos aparelhos propagadores
eletrônicos da TV Canção Nova, dialoga com uma época que tem o seu próprio sagrado:
o dinheiro? Todo o esforço de pesquisa desta tese, forjada em dois polos, de produção e
de recepção, se direcionou para responder essas duas questões. Para tanto, se dispôs a
compreender, na história do telerreligioso, como se processa o diálogo entre os sagrados
– e como as narrativas, armadas em torno do religioso, se realizam como um
enfeitiçamento do mundo, com o propósito de apagar a materialidade dos meios por que
são transmitidas. Por outro lado, a história das políticas de comunicação católica aponta
para o caminho de uma estrutura fundada no pastoreio, cujo resultado é uma
ambiguidade entre a afirmação e a negação do sagrado contemporâneo. É essa
ambiguidade que se vê na história da TV Canção Nova e em sua programação, bem
como se estabelece como uma força entre os personagens que fazem a Igreja: padres e
fiéis que consomem o catolicismo miditalizado da TV Canção Nova.

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Dispositivos de telecura e contratos da salvação



Antônio Fausto Neto

RESUMO
Os campos religioso e midiático articulam-se em torno de dispositivos de operações discursivas gerando uma modalidade de “fazer religião”. Uma das características do modelo interativo das teleemissões é eleger problemáticas situacionais das pessoas, transformando-as em demandas e soluções mediante estratégias de cura e de salvação. A noção de saúde está associada às observâncias dos “contratos de leitura” que situam o fiel paciente em uma estrutura de linguagem enclausurada. Aí permanece, portanto, em um “regime simbólico” que o mantém em novas situações de enfermidades.

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Zygmunt Bauman no Observatório da Imprensa

O pensador polonês Zygmunt Bauman participou no dia 16 de outubro do programa Observatório da Imprensa da TV Brasil. Bauman é um grande pensador da modernidade, a qual qualificou tão bem com o célebre conceito de “liquidez”. Perspicaz analista dos fatos cotidianos, o sociólogo tem vasta obra sobre temas contemporâneos, com destaque para o best-seller Amor líquido, fundamental para a compreensão das relações afetivas no mundo atual. Bauman nasceu na Polônia e mora na Inglaterra desde 1971. Professor emérito das universidades de Varsóvia e Leeds, tem mais de trinta livros publicados no Brasil pela Zahar, com enorme sucesso de público. Confira o programa na íntegra clicando <<<aqui>>>.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Entre o social e a técnica: os processos midiatizados do fenômeno religioso contemporâneo


Moisés Sbardelotto

RESUMO

Em um processo de midiatização do fenômeno religioso, passam a surgir novas modalidades de experienciação da fé, a partir do deslocamento de práticas religiosas para a ambiência comunicacional da internet. Este artigo visa a analisar o conceito de midiatização em suas processualidades na interface com o fenômeno religioso no âmbito das redes. Examina-se também o papel da técnica nas interações comunicacionais, como base para a relação e a interação especificamente midiatizada entre fiel e sagrado, a partir de inovações tecnológicas e invenções sociais. Por fim, apontam-se alguns elementos de conclusão para compreender a midiatização como processualidade sociotécnica que marca as sociedades contemporâneas, incluindo seus fluxos religiosos.

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domingo, 18 de outubro de 2015

Evangélicos, pentecostais e carismáticos na mídia radiofônica e televisiva


Leonildo Silveira Campos

RESUMO

Neste texto apresentamos em primeiro lugar um retrospecto histórico de como os evangélicos se despertaram para o uso dos modernos meios de comunicação social. Nele pretendemos mostrar que a inserção dos evangélicos na mí- dia radiofônica e televisiva se inscreve numa longa história de expansão e de mudanças no campo religioso norte-americano. Mostra também que essa análise precisa passar pela história da imprensa, do rádio, da televisão e, já desde o início dos anos 90, pelo rápido despertar dos evangélicos pela rede mundial de computação. A segunda parte deste artigo mostra como se deram os investimentos dos evangélicos no rádio, privilegiando-se sempre os EUA como o país exportador dessa “queda” dos evangélicos pelo rádio e TV. Em terceiro e último lugar apresentamos uma síntese histórico-descritiva de como se deu a ocupação de partes da mídia televisiva brasileira pelas igrejas neopentecostais, particularmente a Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça de Deus e Apostólica Renascer em Cristo. Não inserimos nessa última parte, por falta de espaço e também por causa das dificuldades de se unir e comparar em um mesmo artigo, a forma dos evangélicos usarem a mídia e o notável despertar que está acontecendo na Igreja Católica Apostólica Romana quanto ao uso da televisão. O que resultou até agora no campo católico foi o surgimento de emissoras de televisão distintas, como a Rede Vida de Televisão, de perfil mais conservador, e a TV Canção Nova, a serviço da renovação carismática católica.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Processo de midiatização: da sociedade à Igreja. Entrevista com Pedro Gilberto Gomes

Entrevista publicada primeiramente pela IHU-Online no dia 19 de outubro de 2007. 
“A midiatização está, talvez, configurando a possibilidade da busca de uma visão unificada da sociedade. A estruturação de uma visão totalizante não mais se dá mediante a reflexão e o pensamento, mas através da prática glo(tri)balizante”, é o que afirma Padre Pedro Gilberto Gomes em entrevista, que segue, à IHU On-Line, feita por e-mail, sobre seu artigo “O processo de midiatização da sociedade”. No texto, Pe. Pedro analisa este processo a partir da relação entre mídia e religião, que é seu objeto de pesquisa, fazendo referência às teorias de Mcluhan e Teillhard de Chardin. “Aceitar a midiatização como um novo modo de ser no mundo põe-nos numa nova ambiência que, mesmo que tenha fundamento no processo até agora desenvolvido, significa um salto qualitativo no modo de construir sentido social e pessoal”, afirma Pe. Pedro.
Pedro Gilberto Gomes, padre jesuíta, é formado em Filosofia, pela PUCRS e em teologia pelo Colégio Máximo Cristo Rei-Unisinos. Ele tem especialização em Teologia, pela PUC de Santiago, no Chile. Ele é mestre  e doutor em Comunicação, pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é professor e pesquisador do PPG em Comunicação e pró-reitor acadêmico da Unisinos. É autor de diversas obras, tais como Televisão, escola e juventude (Porto Alegre: Mediação, 2001); Tópicos de Teoria da Comunicação. Processos midiáticos em debate (São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004); eFilosofia e ética da comunicação na midiatização da sociedade (São Leopoldo: Editora Unisinos, 2006).
Eis a entrevista.
IHU On-Line - O senhor fala, no artigo"O processo de midiatização da sociedade", que está surgindo um bios-virtual representado pela midiatização da sociedade. De que forma a Igreja não acompanhou tal fenômeno?
Pedro Gilberto Gomes - As Igrejas em geral, e a Igreja Católica em particular, têm uma visão muito clara de sua missão: o anúncio da Boa Notícia de Jesus Cristo a todos os povos. Para cumprir essa missão, lançam mão de todos os instrumentos lícitos. Como a pregação é o fundamental, tudo o mais está a ela subordinado. No caso moderno, o importante é utilizar todos os instrumentos para fazer chegar a voz da Igreja a todos os rincões do mundo. Desse modo, à medida que os meios de comunicação foram se desenvolvendo, a Igreja foi se apropriando desses dispositivos tecnológicos como extensões de sua voz, imagem e ação.
Portanto, a Igreja acompanhou o desenvolvimento tecnológico. Hoje, rádio, televisão, internet, sites, estão presentes na vida da Igreja, desde a mais humilde paróquia até o Vaticano. No Brasil, a Igreja Católica, em termos de televisão, possui quatro redes nacionais, por exemplo. Sua rede de emissoras de rádio é considerável. A telemática, o satélite, os computadores estão integrando todos os níveis da comunidade eclesial. Esse não é o problema. O que a Igreja não acompanhou foi a reflexão sobre esse fenômeno que transcende os meros dispositivos tecnológicos e aponta para a constituição de uma nova ambiência da sociedade. A Igreja não discute as conseqüências para ela do uso indiscriminado da mídia como se essa fosse neutra. Existem leis e processos que distinguem, substancialmente, o espaço religioso do espaço midiático. O problema não é o que a religião faz com a mídia, mas que tipo de religião está emergindo da mídia. A Igreja não se deu conta de que uma nova ambiência está surgindo e colocando-lhe questões cruciais nesse início de milênio.
IHU On-Line - A tecnocultura pode, de certa forma, estar fragmentando a informação, uma vez que as pessoas acessam, ao mesmo tempo, inúmeras, notícias, ouvem música, assistem a um vídeo e postam seus comentários em blogs e afins?
Pedro Gilberto Gomes - Não diria assim. A questão da fragmentação da informação não está no acesso simultâneo de vários instrumentos. Na televisão, por exemplo, existem pessoas que se dão muito bem com o zapping, sem, com isso, perder o fio da meada. O que a tecnocultura está ocasionando é uma mudança no modelo mental das pessoas. Isso é mais patente nas crianças e adolescentes. Em certa medida, a fragmentação está relacionada com uma posição política e de poder sobre a informação. Nesse particular, a diversificação dos dispositivos tecnológicos de comunicação favorece o acesso plural à informação.
IHU On-Line - Muniz Sodré afirma que antes da midiatização da sociedade só Deus tinha o poder imediato, global e instantâneo. De alguma forma, a mídia dá "poder" às pessoas e as afasta da sua comunidade, da sua Igreja, ou seja, daquilo que antes era o seu emissor de informação?
Pedro Gilberto Gomes - Não compartilho com essa idéia, muito embora reconheça que ela está presente no imaginário de muitos membros da Igreja. Entretanto, quem assume tal posição demonstra estar ainda na antiga ambiência e não semantiza corretamente a realidade contemporânea. A sua gramática não acompanhou a virada do milênio.
IHU On-Line - Com o avanço tecnológico em expansão rápida e quase inalcançável, como o senhor definiria, hoje, o processo de midiatização da sociedade?
Pedro Gilberto Gomes - Os dispositivos tecnológicos, tão importantes, são apenas uma pequena parte, a ponta visível do iceberg, de um novo mundo estruturado pelo processo de midiatização da sociedade. Estamos vivendo hoje uma mudança de época, um câmbio epocal, uma nova inflexão, com a criação de um bios midiático que toca profundamente o tecido social. Surge uma nova ecologia comunicacional (1). É um bios virtual. Entendo que muito mais que uma tecno-interação, está surgindo um novo modo de ser no mundo representado pela midiatização da sociedade.
Fazendo referência ao pensamento de Marshall McLuhan (2), que divide a história da humanidade como um processo que parte da tribalização até a retribalização, passando pela destribalização (3), podemos dizer que a midiatização nos coloca numa outra galáxia que supera a chamada Aldeia Global. É um processo mais avançado do que uma simples retribalização.A Galáxia midiática (ou midiatizada) cria o fenômeno de uma glo(tri)balização.
Se avançarmos e ousarmos um pouco mais na reflexão, podemos afirmar que a midiatização está, talvez, configurando a possibilidade da busca de uma visão unificada da sociedade. A estruturação de uma visão totalizante não mais se dá mediante a reflexão e o pensamento, mas através da prática glo(tri)balizante.
IHU On-Line - Como Teilhard de Chardin e Marshall Mcluhan se relacionam para que possamos entender este processo de midiatização da sociedade contemporâneo?
Pedro Gilberto Gomes - De fato, sobre o processo de unificação, resultado da midiatização da sociedade, nós nos valemos de alguns pensamentos buscados em Teilhard de Chardin (4). Este pensador francês postula um processo de unificação da humanidade. Para ele, a história é um contínuo processo de unificação rumo à planetização da sociedade.
É possível encontrar pontos do pensamento de Teilhard de Chardin que o colocam na base das idéias de Marshall McLuhan, outro pensador seminal para se compreender o que se passa no mundo hoje. Tom Wolfe (5), falando deMcLuhan, diz: “Aqui vemos a sombra de uma intrigante figura que influenciou McLuhan tanto quanto Harold Innis, mas a quem ele nunca se referiu de maneira explícita: Pierre Teilhard de Chardin”.
Explicitando algo do pensamento do jesuíta francês, afirma que, para ele, Teilhard, “Deus estava dirigindo, nesse exato momento, o século XX, a evolução do homem para a noosfera (...) uma unificação de todos os sistemas nervosos humanos, todas as almas humanas, por meio da tecnologia”.
Constata, outrossim, que o jesuíta francês “Menciona o rádio, a televisão e os computadores em especial com pormenores consideráveis, e alude à cibernética. (...)”. Esta tecnologia estava criando um “sistema nervoso para a humanidade”, escreveu ele, “uma membrana única, organizada, inteiriça sobre a terra”, “uma estupenda máquina pensante”. (...)”.  “A era da civilização terminou”, e a da “civilização unificada está começando”.
Wolfe identifica a noosfera, a membrana inteiriça com a rede inconsútil de McLuhan. Para ele, a civilização unificada não é outra coisa que a aldeia global de pensador canadense. Ainda citando Teilhard, Wolfe constata: “Podemos pensar, escreveuTeilhard, que essas tecnologias são ‘artificiais’ e completamente ‘exteriores aos nossos corpos’, mas na realidade elas são parte da evolução ‘natural, profunda’, do nosso sistema nervoso”. “Podemos pensar que estamos apenas nos divertindo”, ao usá-las, “ou apenas desenvolvendo o nosso comércio, ou apenas propagando idéias. Na realidade, o que estamos fazendo é nada menos do que continuar num plano superior, por outros meios, a obra ininterrupta da evolução biológica”. E Wolfecompleta que, para dizer de outro modo, “O meio é a mensagem”. Não interessa aqui discutir por que McLuhan nunca reconheceu explicitamente a dívida conceitual com Teilhard de Chardin (6). O que importa, nesse momento, é reconhecer os pontos que unem esses dois pensadores importantes para o século XX.
IHU On-Line - O que seria o que o senhor chama de ecologia comunicacional e qual é a sua relação com a midiatização da sociedade atual?
Pedro Gilberto Gomes - A midiatização é a reconfiguração de uma ecologia comunicacional (ou um bios midiático). Torna-se (ousamos dizer, com tudo o que isso implica) um princípio, um modelo e uma atividade de operação de inteligibilidade social. De outra maneira, a midiatização é a chave hermenêutica para a compreensão e interpretação da realidade. Nesse sentido, a sociedade percebe e se percebe a partir do fenômeno da mídia, agora ampliado para além dos dispositivos tecnológicos tradicionais. Por isso, é possível falar da mídia como lócus (7) da compreensão da sociedade.
Aceitar a midiatização como um novo modo de ser no mundo põe-nos numa nova ambiência que, mesmo que tenha fundamento no processo até agora desenvolvido, significa um salto qualitativo no modo de construir sentido social e pessoal. Mesmo que as mediações material e simbólica estejam unidas no processo de midiatização, essa não é um degrau a mais no processo evolutivo, mas um novo qualitativo, síntese na dialética sujeito/objeto. Na sociedade do grande irmão, a tecnologia midiática é uma ambiência que trabalha na construção de sentido, induzindo uma forma de organização social.
Aventamos a hipótese de que a midiatização está para a história da humanidade assim como esteve (e está) a invenção da escrita. Do mesmo modo como não se pode regredir ao período pré-letrado (a não ser se houver um cataclisma universal), também não ser retrocederá a uma era pré-midiatização. Ambas significam um salto no hiper-espaço da evolução humana.
Notas:
(1) As idéias que seguem e embasam a reflexão foram desenvolvidas em: GOMES, Pedro Gilberto. A filosofia e a ética da comunicação no processo de midiatização da sociedade. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2006. Ver, principalmente, o capítulo 6. (Nota do autor)
(2) Herbert Marshall McLuhan foi um filósofo e educador canadense. McLuhan introduz “o impacto sensorial”, “o meio é a mensagem” e “aldeia global” como metáforas para a sociedade contemporânea, ao ponto de se tornarem parte da nossa linguagem do dia-a-dia. Teórico dos meios de comunicação, foi precursor dos estudos midiológicos. Seu foco de interesse não são os efeitos ideológicos dos meios de comunicação sobre as pessoas, mas a interferência deles nas sensações humanas, daí o conceito de "meios de comunicação como extensões do homem" (título de uma de suas obras), ou "prótese técnica". Em outras palavras, a forma de um meio social tem a ver as novas maneiras de percepção instauradas pelas tecnologias da informação. Os próprios meios são a causa e o motivo das estruturas sociais.
(3) Para uma consulta mais ampla ao pensamento de McLuhan, sugerimos a consulta ao nosso trabalho anterior: GOMES, Pedro Gilberto. Tópicos de Teoria da Comunicação. 2. ed.. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2004, p. 114-121. (Nota do autor)
(4) Pierre Teilhard de Chardin, jesuíta francês, morreu em 1955, nos Estados Unidos, está na base do pensamento deHerbert Marshall McLuhan. Sua obra seminal é O fenômeno humano, publicada em Madrid, pela editora Taurus. (Nota do autor)
(5) WOLFE, Tom. “Introdução”. In: MCLUHAN, Marshall. McLuhnan por McLuhan. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. (Nota do autor)
(6) Extra-oficialmente se especula que, tendo em vista que o jesuíta francês estava proibido de ensinar pelas autoridades eclesiásticas e como McLuhan era católico e professor de uma Universidade Católica, este não quisesse ou não pudesse expor-se publicamente comprometido com idéias proibidas. (Nota do autor)
(7) Giovanni Boccia Artieri trata longamente desse tema, colocando a comunicação como lócus de análise da sociedade (In: ARTIERI, Giovanni Boccia. I media-mondo. Roma: Meltemi, 2004). (Nota do autor)
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terça-feira, 13 de outubro de 2015

E-bible: características de hipertexto na Bíblia impressa e digital


Wagner Bandeira da Silva

RESUMO

A Bíblia Sagrada acompanhou de perto grande parte da história gráfica do livro, muitas das vezes como protagonista. Atualmente, tem sido também uma das personagens no rol das discussões acerca da transposição do impresso para o digital. Sua história particular apresenta uma série de avanços gráficos resultantes dos processos de leitura, influenciados pela cultura e tradição das duas principais religiões por ela representada: o Judaísmo e o Cristianismo. Muito desse progresso é responsável pelo surgimento de uma forma de leitura, cujas características apontam em direção à hipertextualidade, discutidas exclusivamente no âmbito digital. Inserida no meio eletrônico, a Bíblia tem nessas características, das quais a representação gráfica é determinante, seu elemento-chave para a perfeita assimilação no novo ambiente. Ao designer, como projetista das diversas interfaces da Bíblia, cabe compreender como os elementos gráficos, que determinam sua leitura, se comportam enquanto signos visuais, cujos significados inatos vão além de um simples suporte de leitura. A partir de uma breve síntese da história gráfica da Bíblia e na busca da relação entre as características do hipertexto identificadas, este estudo demonstra como alguns dos elementos visuais de duas edições em cd-rom sustentam, sob uma abordagem semiótica, os significados que as tornam tão autênticas quanto seu par impresso, podendo vir a ter para seus usuários também o mesmo valor sagrado.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O Deus televisivo da IURD: análise de um programa-modelo para a corrente Neopentecostal


José Guibson Delgado Dantas

RESUMO

A cada ano as igrejas neopentecostais ocupam mais espaço na programação televisiva nacional. A IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), que iniciou suas atividades em 1977, fez escola e é considerada como uma instituição religiosa-modelo pelas igrejas dessa corrente religiosa no que se refere à exploração do espaço televisivo para a adesão de fiéis. Neste texto, o autor analisa um programa televisivo desta igreja, revelando o alto grau de profissionalismo na construção de discurso e na utilização dos recursos audiovisuais da televisão.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Diversidade religiosa e mídia radiofônica: O uso das rádios comunitárias por instituições evangélicas no Brasil


José Ozean Gomes

INTRODUÇÃO

O uso do rádio por instituições religiosas tem sido frequente desde o seu surgimento. Ao longo dos anos, a mídia radiofônica tem se mostrado flexível a evolução tecnológica e paralelamente a religião caminha assegurando o seu espaço. Quando falamos da relação do rádio com entidades religiosas, o destaque é para os evangélicos como seguimento religioso que mais se utiliza dessa mídia. Já entre os evangélicos, salientam-se os pentecostais.

Este artigo tem como foco, o uso dos das rádios comunitárias por instituições evangélicas, e desenvolve-se a partir da seguinte questão: como tem se observado o uso das emissoras comunitárias por igrejas evangélicas? É importante salientar que a opção por igrejas evangélicas é uma questão apenas de recorte, com o fim de delimitação. Quando se fala do uso das rádios comunitárias por instituições religiosas, temos uma presença efetiva das mais diversas religiões do Brasil nesse tipo de mídia.

Diversos trabalhos e pesquisas sobre a presença da religião nas rádios comunitárias têm sido feito num âmbito local. A partir de alguns desses dados e das contribuições de teóricos como Leonildo Campos, Cicília Peruzzo e outros, no primeiro momento discorreremos em forma de síntese sobre a história e o desenvolvimento da mídia radiofônica, destacando a sua relação com a religião. Apresentaremos alguns dos principais personagens que se notabilizaram pelo uso do rádio, tanto nos EUA, quanto no Brasil.

Em seguida falaremos acerca das rádios comunitárias como uma nova modalidade da mídia radiofônica recém-regulamentada. Neste mesmo assunto, observaremos os principais modelos de rádios comunitárias, de que forma ocorre o processo de requerimento para a sua regularização, e o papel social dessas emissoras. Buscaremos nas leis regimentais dessas rádios, informações sobre diretrizes para seu funcionamento legal.

Por último, destacaremos o uso dessas emissoras por instituições evangélicas. De acordo com dados obtidos, uma grande porcentagem das concessões dessas emissoras tem sido disponibilizada as entidades religiosas. Especialmente no que tange as igrejas evangélicas, observaremos como essas instituições tem se utilizado da força política e numérica para aquisição de emissoras comunitárias. Em seguida, veremos as implicações legais do uso restrito dessas rádios por entidades religiosas.

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terça-feira, 6 de outubro de 2015

NOTÍCIA: Assembleia de Deus vai lançar operadora celular

Texto publicado originalmente no site da Reuters.
SÃO PAULO (Reuters) - A Assembleia de Deus, que tem cerca de 18 milhões de fiéis no Brasil, vai lançar uma operadora celular que utilizará capacidade de rede da Vivo, informou a instituição religiosa nesta quarta-feira.
A mais nova operadora virtual do país vai se chamar Mais AD e tem parceria com a Movttel, empresa que tem entre os investidores o executivo especializado em reestruturações empresariais Ricardo Knoepfelmacher, ex-presidente da Brasil Telecom, operadora incorporada à Oi. O diretor-geral da operadora é Raul Aguirre, que já chefiou a Virgin Mobile Latin America e teve passagem pela Oi.
O investimento no projeto não foi informado. O lançamento ocorrerá na quinta-feira.
A operadora afirma que terá atuação nacional "voltada ao público cristão". A companhia oferecerá serviços "com conteúdos aprovados por líderes evangélicos".
A operadora será a terceira MVNO (sigla em inglês para Operadora Virtual de Rede Móvel) do país, depois do lançamento da Datora Mobile, que atua sob a marca do grupo europeu Vodafone, e da Porto Seguro Telecomunicações, do grupo segurador de mesmo nome.

(Por Alberto Alerigi Jr.)
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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

CHAMADA: Pensacom recebe trabalhos até o dia 10 de outubro



Acontece de 16 a 18 de novembro, no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), o Pensacom Brasil 2015, evento científico realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM) em parceria com a UMESP.
Trazendo como tema central “Brasil – História da Comunicação: conquistas, impasses e desafios”, o Pensacom busca promover o debate sobre o pensamento comunicacional e, também, celebrar 20 anos do Doutorado em Comunicação da UMESP, fortalecido por iniciativas da Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação.
Durante o primeiro dia (16) da reunião científica, além de painéis sobre temas como o poder do riso e o pensamento comunicacional latino-americano, também será feita a entrega da Medalha de Ouro do CIESPAL ao decano das Ciências da Comunicação no Brasil, professor José Marques de Melo.
O segundo dia (17) contará com duas atividades simultâneas, o X SINACOM (Simpósio Nacional de Ciências da Comunicação) e o Fórum de Humor. Ao final do dia, terá início o ENSICOM 2015 – IV Seminário sobre o Ensino de Graduação em Comunicação Social.
No terceiro dia (18), o evento será finalizado com as reuniões dos grupos de trabalho (GT), oficinas e mesas redondas. Confira abaixo o calendário para o envio de texto aos GTs:
ENVIO DE RESUMOS – 10 de outubro de 2015
ACEITE DOS RESUMOS – 16 de outubro de 2015
ENVIO DOS TEXTOS COMPLETOS – 06 de Novembro de 2015
Os resumos e posteriormente os textos completos devem ser enviados para os e-mails de cada GT. Confira abaixo a lista dos GTs e os seus respectivos e-mails:
GT 1 - História da Comunicação – pensacom.gt1@intercom.org.br GT 2 - Folkomunicação – pensacom.gt2@intercom.org.br GT 3 - Comunicação e Saúde – pensacom.gt3@intercom.org.br GT 4 - Comunicação Eclesial – pensacom.gt4@intercom.org.br GT 5 - Comunicação e Economia – pensacom.gt5@intercom.org.br GT 6 - Comunicação Política – pensacom.gt6@intercom.org.br GT 7 - Pensamento Comunicacional Latinoamericano – pensacom.gt7@intercom.org.br GT 8 - Pensacom – pensacom.gt8@intercom.org.br GT 9 - Intercom.Humor – pensacom.gt9@intercom.org.br


domingo, 4 de outubro de 2015

A Superaventura: da narratividade e sua expressividade à sua potencialidade teológica


Iuri Andréas Reblin

RESUMO
Uma leitura teológica do gênero da superaventura sob a perspectiva do papel da narrativa na invenção e na manutenção do mundo humano, mediante a abordagem de seus aspectos midiáticos, suas convenções primárias e sua estrutura mítica, considerada sua trajetória histórica e crítica. A primeira parte resgata a trajetória histórica do gênero da superaventura sob o enfoque da crítica especializada, apresentando as argumentações do psiquiatra Fredric Wertham, a criação do código de ética e
autocensura dos quadrinhos e um panorama da pesquisa científica na atualidade. A segunda parte aborda a importância da narrativa na criação e na manutenção de universos de sentido e na invenção do ser humano. As narrativas são leituras de mundo que simultaneamente expressam os medos, os anseios, as esperanças e os sentidos do ser humano e sugerem como interpretar esse mundo. Em seguida, a pesquisa apresenta aspectos elementares das histórias em quadrinhos enquanto locus vivendi da superaventura, as convenções primárias que atribuem à superaventura sua razão de ser e os significados e as implicações de sua forma mítica. A terceira parte introduz a discussão acerca da teologia do cotidiano e realiza uma leitura teológica de duas histórias do gênero: Superman: Paz na Terra e Shazam: O Poder da Esperança. A superaventura torna-se palco da teologia do cotidiano, quando, por meio da forma do mito, é expressão de um senso teológico comum. A pesquisa encerra
indicando aproximações temáticas, metodológicas e ideológicas entre teologia e superaventura. Teologia e superaventura lidam com os valores caros ao ser humano, com a estrutura mítica e com a faculdade humana de conceber o ideal e de acrescentá-lo ao real. 

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