terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A religião dos celulares: consumo de tecnologia como expressão de fé entre evangélicos e umbandistas


Sandra Rubia da Silva

RESUMO

Ao longo de 11 meses de trabalho de campo em um bairro de camadas populares em Florianópolis, pude constatar importantes conexões entre o consumo de telefones celulares e a vivência da religiosidade entre evangélicos e umbandistas. Neste artigo, exploro as maneiras pelas quais os telefones celulares estão presentes no discurso e nas práticas religiosas desses dois grupos, percebendo o celular tanto como mediador positivo quanto negativo. A partir da análise do material etnográfico, argumento que a associação entre religião e uso de telefones celulares, além de aliviar a experiência da pobreza, traz renovadas possibilidades de expressão da identidade religiosa. Sugiro também que a dimensão política está presente, na medida em que suas funcionalidades – em especial o bluetooth e o SMS – auxiliam na disseminação do discurso religioso e na obtenção de novos adeptos.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

NOTÍCIA: A Religious Forecast For 2050: Atheism Is Down, Islam Is Rising

Texto originalmente publicado no portal NPR. Para ver a matéria original com os gráfico e projeções clique <<<aqui>>>.


By the end of the century, Muslims could outnumber Christians for the first time in history, according to areport released by the Pew Research Center.
"Another way of thinking about it is Christianity had a seven-century head-start on Islam, and Islam is finally catching up," says Alan Cooperman, the director of religion research at Pew.
Christianity is currently the world's largest religion, making up a third of the world's population with 2.2 billion adherents. Pew research shows that Islam is the fastest growing religion in the world. The religious group will make up 30 percent of the world's population by 2050, compared to just 23 percent of the population in 2010. That means the number of Muslims in the world will nearly equal the number of Christians by 2050.
If Islam's growth spurt continues, Pew data shows, Muslims could outnumber Christians soon after the year 2070.
That's not to say that the total number of Christians is decreasing; Christianity's growth rate is just not as fast as Islam's. While the number of Christians will increase from about 2.1 billion to 2.9 billion by 2050, Muslims will jump from 1.6 billion to 2.8 billion.
This growth has to do with the relatively young age of the Muslim population as well as high fertility rates. Other religious groups have aging populations. Among Buddhists, for example, half of adherents are older than 30 and​ the average birth rate is 1.6 children. By contrast, in 2010, a third of the Muslim population was under 15. What's more, each Muslim woman has an average of 3.1 children, while the average for Christian women is 2.7.
The Pew research revealed two other interesting shifts in world religious perspectives, Cooperman says.
Atheists, agnostics and those who do not affiliate with religion will make up a smaller percentage of the world's total population by 2050 — even though the group is growing in the U.S. and Europe. The decline is primarily because those who are unaffiliated religiously have low fertility rates, with women bearing an average of 1.7 children in their lifetime.
Between now and 2050, the hub of Christianity will also shift — from Europe to sub-Saharan Africa. As of 2010, the majority of the Christian population — 25.5 percent — lived in Europe, but sub-Saharan Africa will become home to nearly 40 percent of the world's Christians by 2050. Fertility rates are also behind this change. Christians living in sub-Saharan African have the highest fertility rates among Christians worldwide: Each woman has, on average, 4.4 children.
Cooperman emphasizes that a lot could change between now and 2050.
"We're not saying that this will happen; it's if current patterns and trends continue," Cooperman says. "We do not know what's going to happen in the future. There could be war, revolution, famine, disease. These are things no one can predict and that could change the numbers."

domingo, 20 de dezembro de 2015

Revista Comunicação e Informação publica dossiê sobre Comunicação e Religião

A revista Comunicação e Informação publicou na sua segunda edição de 2015 um dossiê sobre Comunicação, Informação e Religiosidade. Confira abaixo o editorial e clique <<<aqui>>> para acessar os artigos.



Editorial Editorial Revista 2015.1 – v. 18, nº 2.
Comunicação & Informação
ISSN versão impressa: 1415-5842
ISSN versão eletrônica: 2317-675X

O volume 18, número 2, da Revista Comunicação & Informação apresenta nove artigos, revisados pelos pares, produzidos por pesquisadores de várias partes do País, com foco na temática Comunicação, Informação & Religiosidade, além de dar continuidade às publicações do Caderno Especial Casadinho/Procad produzido com textos desenvolvidos pelos alunos e orientados por professores dos Programas de Pós-Graduação das Universidades Federal de Goiás (UFG) e do Rio de Janeiro (UFRJ) que desde 2012 desenvolvem o Projeto de Pesquisa apoiado pelo CNPq na Ação Transversal nº 06/2011 – 552283/201108 intitulado “Rupturas Metodológicas para uma Leitura Crítica da Mídia”. Os textos aqui expostos destacam pesquisas que se entrelaçam, se completam, se confrontam e criam uma diversidade de pensamentos enriquecedora para o desenvolvimento dos estudos na área da comunicação e da informação.

Comunicação e religiosidade: a visibilidade e a invisibilidade do comunicacional - Dos diversos campos de interface nos estudos de comunicação, o estudo da interação entre comunicação e religião revela-se como um dos mais instigantes, por oferecer um espaço de pesquisa num contexto em que o comunicacional revela-se como altamente nítido, ao sintetizar aspectos fundamentais do surgimento e da manutenção de processos culturais.

É a religião o lugar do dogma, das certezas pontuadas pela exigência da incomunicação daquilo que é sagrado e assim deve ser preservado, na qual o interesse pela sobrevivência e a manutenção da identidade prevalece sobre praticamente todos os demais, resultando em episódios de aprendizado em que conflitos e rupturas que demandam ser comunicacionalmente compreendidos.

É também a religião, por outro lado, o lugar da conversão, da luta pela universalização da salvação e da iluminação pelo sagrado, momento em que o espaço comunicacional se amplia ao máximo, seja por ações estratégicas, de índole pedagógica ou retórica, seja por ações comunicativas, demarcadas por sonhos de interreligiosidade, ecumenismo, fraternidade e compreensão mútua.

Em ambos os casos, o problema comunicacional emerge em sua especificidade, como ponto epistêmico de conexão entre os sentidos em conflito, resultando não apenas numa compreensão mais aguçada do fenômeno religioso – objeto de várias ciências humanas e sociais –, mas, também, e o que é prioritário nesta publicação, num entendimento mais nítido do fenômeno comunicacional, como lugar de produção e afivelamento dos sentidos, tensionado em toda a sua extensão, entre a comunicabilidade extrema do conversionismo e a incomunicabilidade máxima da dogmatização.

Este número da Revista Comunicação & Informação dedica-se a desvelar alguns desses aspectos, num tratamento editorial que busca abranger as diferentes abordagens dessa zona de interface – que vai desde os estudos da comunicabilidade dos ambientes de entrechoque da identidade religiosa e das alteridades que com ela concorrem, até as pesquisas sobre o funcionamento das mídias, religiosas ou não, em relação a esse campo ancestral de reprodução da cultura.

Nesse caminho, esta edição começa apresentando a temática da midiatização do campo religioso, cara aos estudos brasileiros contemporâneos de comunicação e religiosidade, no ensaio Midiatização do campo religioso: o esboço de uma síntese possível, de Luís Mauro Sá Martino, Faculdade Casper Líbero (FCL), apresenta uma abordagem sintética, porém ampla, das dimensões nas quais o comunicacional invade os demais campos simbólicos da sociedade, por meio dos sentidos da religião.

O texto sequente é A cultura simbólica espírita e o dialogismo filosófico, científico e religioso nos textos de Allan Kardec, de Ângela Teixeira de Moraes, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no qual o conceito de comunicação assume sua perspectiva mais ampla, do ponto de vista ético, como dialogicidade possível do religioso com os diferentes sentidos da modernidade, numa acurada observação do movimento espírita, que, no Brasil, inseriu-se na cultura a partir de contraditórios compromissos entre dogmática e racionalidade.

Os novos sentidos da internet comparecem também em diferentes textos e abordagens, como aquela trazida pelo texto O religioso na rede: interações e discursos nas religiões 2.0, de Adriana do Amaral Freire e Karla Regina Macena Pereira Patriota Bronsztein, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao admitir o conceito de “Religião 2.0“, como categoria delimitadora do universo comunicacional de segunda geração da grande rede virtual, tal como assimilada pelas instituições religiosas, nas quais processos de características midiáticas são enovelados por exigências de conviviabilidade, interação e cooperação.

O espaço televisivo abrangido pelo religioso igualmente se faz presente, a partir do texto Deus ex-machina: uma análise do fenômeno da telerreligião na mídia brasileira, do autor Gilson Soares Raslan Filho, da Universidade Estadual de Minas Gerais (UENG), no qual se explicitam táticas religiosas de presença e controle dos meios de comunicação no Brasil pelas igrejas, na zona de conflitualidade e concorrência entre as denominações católica e neopentecostais.

A presença religiosa na televisão é igualmente estudada em seus aspectos culturais e de produção de sentido. O texto Simbologias espíritas na teledramaturgia: a religiosidade no universo ficcional da Rede Globo, de Emilson Ferreira Garcia Junior, Robéria Nádia Araújo Nascimento, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) refere-se a uma das principais fontes de conteúdo da telenovela produzida pela maior rede de televisão do Brasil. O artigo busca abranger as novas leituras que tais obras de ficção terminam por imprimir no universo religioso, de forma a disseminar polissemias e racionalidades típicas dos processos comunicacionais.

Também abordando a teledramaturgia, em suas relações conflitivas com o religioso, publica-se aqui um percuciente estudo do candomblé, na abordagem televisiva da obra de Jorge Amado. Trata-se do texto Representações místico-religiosas em Tenda dos Milagres: o viés do candomblé na ficção televisiva, de Robéria Nádia Araújo Nascimento Correio da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no qual se mostram tanto as construções simbólicas produzidas pela teleficção, quanto os conflitos interpretativos engendrados pelos praticantes a partir do olhar midiático da televisão sobre a religiosidade de matriz africana.

A questão da comunicabilidade religiosa comparece especificamente pesquisada no artigo O Facebook e a comunidade de fala dos usuários da página oficial da Assembleia de Deus na Paraíba, dos autores Ramon Nascimento, Juciano Sousa Lacerda, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRGN), no qual se surpreende uma possibilidade de nova comunidade de fala na rede social virtual Facebook, para além dos procedimentos de controle institucional da religiosidade, mas que sobre ela interfere de maneira indireta e específica.

O viés do estudo da comunicação impressa é apresentado no artigo Revista católica: uma interface entre o campo religioso e o campo midiático, da autora Aline Roes Dalmolin, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde se procura avançar para além da interpretação tradicional do aspecto doutrinário, em direção a um tipo de jornalismo especializado de dimensão religiosa, no qual ocorrem mediações entre o campo da experiência social e o das concepções religiosas.

E, por fim, o debate da comunicação entre identidade e comunidade adentra aspectos sociológicos da pequena cidade espírita de Palmelo, do interior do estado brasileiro de Goiás, no texto Estudo comunicacional da cidade espírita: a religião entre a identidade e a cidade, de João Damasio e Luiz Signates, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Nesse artigo, o comunicacional assume seu modo cultural mais amplo e intenso, ao referir-se a um sentido religioso que interpenetra os múltiplos espaços sociais e lhes dão a conformação identitária típica,

No âmbito do Caderno Procad, o primeiro trabalho é de autoria do Mestrando Marcos Marinho M. Queiroz e do Professor Magno Medeiros, do PPGOM da Universidade Federal de Goiás e tem como título: Cidadania e TICs: Uma relação anacrônica? A partir deste questionamento, o artigo tem como proposta inicial realizar um levantamento conceitual sobre cidadania, bem como uma análise sobre a evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e suas potenciais utilizações no tocante a otimizar o processo de apropriação da cidadania por parte dos indivíduos viventes na polis.

Pedro Barreto Pereira, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, vinculado à linha de pesquisa Mídias e Mediações Socioculturais, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresenta o trabalho: Mídia, UPPs e megaeventos: estratégias discursivas de legitimação de uma política de Segurança Pública, e preocupa-se em estudar o período de 2007 a 2016 com o fenômeno dos megaeventos esportivos internacionais que o Rio de Janeiro passou a sediar e como as três esferas governamentais vêm promovendo uma série de políticas públicas de modo a reconfigurar estética e urbanisticamente a cidade. Discursivamente, a estratégia envolve a refundação da “Cidade Maravilhosa” e a exaltação dos aludidos atributos pitorescos do carioca, tais como simpatia, irreverência e hospitalidade. Além dos já conhecidos ícones, que remetem a uma cultura do hedonismo, como samba, carnaval e futebol, a favela torna-se outro elemento a ser incorporado ao branding carioca e as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), também ganham espaço no estudo mostrando que, ao mesmo tempo em que permitem o acesso das elites a áreas até então consideradas violentas, promovem a migração dos moradores de menor poder aquisitivo para bairros mais afastados e precários.

O papel da mídia na construção do discurso de ‘pacificação’ no Rio de Janeiro, é uma contribuição do Doutorando Vitor Monteiro de Castro, do programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob orientação do Professor Doutor Eduardo Granja Coutinho. O artigo procura demonstrar como a mídia é um instrumento de hegemonia, levando em conta a noção de “guerra” e “pacificação” utilizada pelos meios de comunicação para definir as ações da política de segurança pública do Rio de Janeiro. Focando dois momentos, até 2008, antes da instalação da primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e após esse momento, quando a noção de “guerra” perde espaço para o discurso de “pacificação” pelos meios oficiais, e a mídia passa a seguir essa mesma cartilha, sem qualquer criticidade. Para isso o artigo discute a questão da hegemonia e suas formas de preservação e legitimação do poder, apresentando trechos de editorias, matérias e reportagens do jornal O Globo.

Fechando a publicação dos cadernos, a Mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Priscilla Guerra Guimarães Bernardes, apresenta o trabalho O sujeito na mídia: do opaco ao notório: Uma visão sobre a formação do jornalismo e seu reflexo na prática, desenvolvido na disciplina Antropologia e Comunicação do PPGCOM e que apresenta uma leitura crítica da mídia feita em diversas peças jornalísticas publicadas pela mídia tradicional, que descortinam um processo de produção de notícias pasteurizado que é frequentemente ensinado nas salas de aulas dos cursos de Jornalismo e que desemboca na realidade dos veículos e dos profissionais que utilizam normas e padrões valorativos na construção da notícia e antagônicos em questões sociais e humanísticas. A principal dissonância entre critérios de noticiabilidade como a notoriedade que corrobora para a opacidade do sujeito, esmaecendo alguns em razão de outros tidos como mais relevantes por serem atrativos noticiosos de maior destaque.

Espera-se, desta forma, que este número especial de Comunicação & Informação possa significar uma contribuição aos estudos dessa área de interface e, sobretudo, para uma compreensão da abrangência dos conceitos e contextos da religião e do religioso, tanto como corpus empírico (lugar privilegiado da pesquisa) quanto como chave interpretativa dos sentidos sociais viabilizados pela comunicação.

Profa. Dra. Simone Antoniaci Tuzzo
Prof. Dr. João de Melo Maricato

Editores da Revista Comunicação & Informação. 

Prof. Dr. Luiz Signates Profa.
Dra. Ângela Moraes Profa. ´
Dra. Deborah Borges

Editores especialmente convidados para este número.

A cultura simbólica espírita e o dialogismo filosófico, científico e religioso nos textos de Allan Kardec



Ângela Teixeira de Moraes

RESUMO

Este estudo visa entender como o discurso espírita tornou-se político e socialmente possível, especialmente no Brasil, ao estabelecer confrontos e adesões com outros saberes advindos do campo da filosofia, da ciência e do cristianismo, ganhando, assim, legitimidade. Parte-se da percepção de que o espiritismo pode ser entendido como que inserido em uma rede de forças que condicionaram o diálogo entre religião e os valores discursivos da modernidade. A abordagem teórica e os dispositivos analíticos baseiam-se em Thompson, Bakhtin e Foucault, e adotam-se como corpus os textos fundadores do espiritismo escritos por Allan Kardec. Os resultados mostram que o dialogismo espírita se constrói intertextual e discursivamente, revelando uma ressignificação das teses gregas, da ética cristã e do positivismo do século XIX. Advoga-se que há uma tentativa de associação do “conhece-te a ti mesmo” (gnôthi seautón) ao “cuidado de si” (epiméleia heautoû), baseando-se no pressuposto da “fé raciocinada” e da “ciência espírita”.

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O Sexto Sentido e a sexta-feira 13: narrativas da Igreja Universal em um programa televisivo da Rede Record em Portugal



Marco Túlio de Sousa; Donizete Rodrigues

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo contribuir para um melhor entendimento sobre a participação da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) na mídia em Portugal e como essa denominação brasileira se relaciona com a sociedade portuguesa e com as suas especificidades religiosas. Para a análise foram selecionadas cinco edições do Sixth Sense (programa de tevê da IURD em Portugal), em que há referências à sexta-feira 13, data cheia de misticismo no catolicismo popular. Com base na teoria narrativa de Paul Ricoeur, foi realizada uma análise de conteúdo dos programas, na qual se descortinou a cosmologia dessa igreja neopentecostal: um “mundo” onde forças antagônicas, que representam o Bem e o Mal, lutam entre si para dominar/ salvar as pessoas; a magia e as religiões espiritualistas são os agentes dominadores malignos, enquanto a IURD é o agente do bem, da salvação.


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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Fotografia como linguagem religiosa


Angélica Tostes Thomaz

RESUMO

O objetivo deste artigo é discutir os possíveis usos da fotografia como linguagem religiosa na contemporaneidade. Para tal, apresentaremos uma breve contextualização sobre o poder da imagem e suas ligações com a religião, a função da imagem na linguagem e, por fim, a imagem técnica (fotografia) e suas aplicações para os novos movimentos religiosos. Como aporte teórico, utilizaremos as categorias de Vilém Flusser sobre a filosofia da imagem/fotografia e Peter Burke para discutir os desdobramentos históricos e religiosos da fotografia. 

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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A mediatização do campo religioso: esboço de uma síntese possível



Este texto delineia alguns aspectos da mediatização da religião, focalizando as particularidades desse processo no que Bourdieu denomina “campo religioso”. A partir de pesquisa bibliográfica e observação de campo, realizada de maneira descontínua desde 1998, o texto sugere que o processo de mediatização se articula com algumas das práticas centrais do campo religioso em pelo menos três dimensões: (a) proporcionando uma diferenciação entre “religião” e “religiosidades” mediadas; (b) interferindo nas dinâmicas internas do campo religioso, sobretudo em sua lógica concorrencial; (c) entre a mediatização do campo religioso e a relação com o campo político e com as empresas de comunicação.

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domingo, 29 de novembro de 2015

LIVRO GRATUITO: Transnacionalização Religiosa: religiões em movimento

A obra "Transnacionalização Religiosa: religiões em movimento" está disponível para download gratuito no site da editora. É só fazer um cadastro. Clique <<<aqui>>> para saber mais.
Organizadores
Donizete Rodrigues
Ari Pedro Oro
Sumário

Introdução

13 COMO A FÉ E A RELIGIÃO ESTABELECEM CONEXÕES TRANSNACIONAIS? O PENTECOSTALISMO E SEUS MODOS DE EXPANSÃO NO MUNDO GLOBALIZADO
Cleonardo Mauricio Junior, Roberta B. C. Campos

21 PENTECOSTALISMO, GLOBALIZAçÃO E CONSUMO: UMA REFLEXÃO TEóRICA SOBRE OS BENS DE MARCAÇÃO RELIGIOSA 
Daniel Alves

43 DINÂMICAS DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO NA EUROPA: O CASO DA IURD EM PORTUGAL, ESPANHA, IRLANDA, ITÁLIA E ALEMANHA
Donizete Rodrigues, Marcos de Araújo Silva

55 PROSPERIDADE E LIBERTAçÃO: SOBRE A CONSTRUçÃO DA IDENTIDADE EVANGÉLICA TRANSNACIONAL NOS RITUAIS ARGENTINOS DA IGREJA UNIVERSAL 
Marcelo Tadvald

79 AS IMBRICAçÕES DA IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS NA “RECONSTRUçÃO NACIONAL” DE ANGOLA: DA BENEVOLÊNCIA À ALTERIDADE MUçULMANA 
Camila A. M. Sampaio

97 IGREJA EVANGÉLICA ENCONTROS DE FÉ DE PORTO ALEGRE: SENTIDOS E EXPERIÊNCIAS DE PARTICIPAçÃO EM REDES TRANSNACIONAIS 
Mariana Reinisch Picolotto, Ari Pedro Oro

127 A IGREJA COMO PEDACINHO DO BRASIL: RELIGIÃO TRANSNACIONAL NA CAPITAL DO TEXAS 
Rodrigo Otávio Serrão Santana de Jesus, Flávia Ferreira Pires

147 O PROCESSO DE TRANSNACIONALIZAçÃO RELIGIOSA AO SUL DA AMÉRICA DO SUL: RECONSTRUINDO PERCURSOS E NARRATIVAS MÍTICAS
Mauro Meirelles

173 MINHA LÍNGUA, MINHA FÉ, MINHA IGREJA: SER CATóLICO ESTRANGEIRO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA HOLANDA
Mísia Lins Reesink

197 MISSIONÁRIOS DO FIM DO MUNDO: MISSIONÁRIOS E MISSÕES CATóLICAS BRASILEIRAS ALÉM-FRONTEIRAS EM TEMPOS DE TRANSNACIONALIZAçÃO RELIGIOSA 
Antônio Mendes da Costa Braga

225 A “CONSTRUçÃO” DA IDENTIDADE AFRO-RELIGIOSA NA FRONTEIRA BRASIL, PERU E COLÔMBIA 
Reginaldo Conceição da Silva

247 A DESCOBERTA DE PUTAMAGAL PELO CABOCLO PENA DOURADA
Joana Bahia

265 TRANSNACIONALIZAçÃO RELIGIOSA E CONVERSÃO: UM DIÁLOGO SOBRE O BUDISMO DA SOKA GAKKAI NO BRASIL
Suzana Ramos Coutinho

291 Índice Remissivo

309 Resenhas Biográficas

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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O comportamento dos telespectadores diante da programação televisiva neopentecostal


José Guibson Delgado Dantas

RESUMO

Este trabalho analisa a forma como se dá a recepção das mensagens religiosas emitidas pelos programas televisivos das igrejas neopentecostais a partir da teoria das mediações culturais formulada por Jesús Martín-Barbero. Por meio da técnica grupo de foco, foram entrevistadas onze pessoas que costumam assistir a esses programas, resultando em noventa minutos de conversa que mostrou uma recepção crítica e contraditória, pois, ao mesmo tempo em que os telespectadores se mostraram críticos em relação ao conteúdo religioso emitido por esses programas, denunciando, inclusive, a transformação da Bíblia em produto comercial por parte dos pastores, eles consideraram os programas como uma forma positiva de se difundir as Escrituras. Ao analisar os discursos dessa audiência ativa, concluiu-se que o que leva essas pessoas a assistirem aos programas é o desejo de terem um espaço de representação social num país marcado pela exclusão e abandono de grande parcela de seu povo.

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

A religiosidade na mídia e o fim dos iconoclastas


Alberto Klein

RESUMO


A proposta deste trabalho é traçar um paralelo do tratamento dado ao problema da imagem no âmbito religioso em dois contextos distintos. O primeiro é a desaprovação zuingliana e calvinista (nos primórdios da Reforma do séc. XVI) do uso de ícones nos templos; a fúria dos calvinistas diante das imagens rendeu‐lhes a fama de iconoclastas. Num segundo momento, em um contexto de sobreposição das mídias eletrônicas sobre processos primários de comunicação, vamos nos deter sobre a conversão do próprio culto evangélico em imagem midiática, obedecendo a uma estética televisual.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Revista da Universidade de Bremen publica número sobre games e religião




A revista Gamevironments da Universidade de Bremen (Alemanha) publicou um número especial sobre "jogos e religião". Clique <<<aqui>> e confira.



Abaixo o sumário:





The WoW Factor: A Virtual Ethnographic Study of Sacred Things and Rituals in World of Warcraft.

Spirits in The Aether: Digital Ghosts in Final Fantasy XIV.http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104726-15Article by Tim Appigiani, Kaylee Kruzan, Indira Neill Hoch, 25-60.

Extending the Dimensions of the Social World through Game­Worlds.http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104725-14Article by Jonathan Tuckett, 61-99.

Methods for Analyzing Let’s Plays: Context Analysis for Gaming Videos on YouTube.
http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104729-10Article by Kerstin Radde-Antweiler, Xenia Zeiler, 100-139.

Interview with Third Faction. http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104727-16Interview by gamevironments, 140-152.

Establishment of a new AAR seminar “Videogaming and Religion”.http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104732-11Report by Kerstin Radde-Antweiler, 153-155.

IASGAR: The new International Academy for the Studying of Gaming and Religion.http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104730-19Report by Xenia Zeiler, 156-158.

The Witcher 3: A Wild and Modern Hunt to Medievialiase Eastern and Northern Europe.http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:gbv:46-00104731-10Game Review by Derek Fewster, 159-180.