segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Midiatização do campo religioso e processos de produção de sentido análise de um conflito anunciado – O caso do Jornal Evangélico da IECLB –


Ricardo Zimmermann Fiegenbaum

RESUMO

Esta dissertação é um estudo sobre as conflitualidades de campo no processo de midiatização do campo religioso realizado pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, por meio do Jornal Evangélico. Para contextualizar este estudo no cenário teórico sobre comunicação e igreja no Brasil, fez-se um apanhado das principais produções científicas sobre o tema nos últimos 40 anos, segundo o enfoque dos meios, dos sujeitos e dos processos de comunicação. O tema da midiatização do campo religioso é refletido a partir da noção de campo social e da caracterização dos campos religioso e midiático. O campo midiático atua como o organizador dos demais campos sociais na esfera pública, valendo-se para isso da sua competência discursiva. No entanto, a relação de campos é marcada por tensões. No caso da relação entre igreja e jornal a conflitualidade de campo é peculiar porque se dá no interior do campo religioso e é de natureza histórica e discursiva. Assim, este estudo descreve e analisa as conflitualidades de campos manifestadas nos discursos do jornal. O aporte teórico foi constituído por autores como Bourdieu, Esteves, Rodrigues, Verón, Martín-Barbero, Bakhtin, Mauillaud e Fausto Neto. Este estudo mostra que a relação entre o campo religioso e o campo midiático é marcada por conflitos de ordem discursiva, ainda que o meio de comunicação tenha sido instituído pelo campo religioso.

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domingo, 4 de dezembro de 2016

La religion dans le cyberespace


Nathalie Caron

Resumo
Presque tous les groupes religieux américains ont une visibilité sur le World Wide Web, indépendante de leur importance numérique dans la société. Par ailleurs, une étude récente révèle que 64 % des internautes américains ont utilisé le net à des fins religieuses ou spirituelles. Dans cet article, l’auteure replace l’utilisation des moyens technologiques par les groupes religieux dans une perspective historique de façon à montrer que, loin de représenter une véritable révolution, le recours à l’Internet est la conséquence logique d’une stratégie de communication de masse mise en place dans les colonies par les évangélistes dès le début du dix-huitième siècle. Aujourd’hui, l’Internet favorise l’expression personnelle de la croyance et accompagne, plus qu’il ne crée, les nouvelles pratiques et les nouveaux comportements religieux.

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Escola Latino Americana de Comunicação e Igreja Católica: aproximações e contribuições para as ideais comunicacionais latino - americanas


Ricardo Costa Alvarenga

RESUMO

Neste texto fazemos uma revisão dos documentos das Conferências do Episcopado Latino-Americano,  que  aconteceram  no  Rio  de  Janeiro  (1955),  Medellín  (1968),  Puebla  (1979),Santo  Domingo  (1992)  e  Aparecida  (2007),  como  o  objetivo  de  estabelecer uma  relação entre  o  pensamento  comunicacional latino-americano  e  o  pensamento  católico  sobre  a comunicação.    Destacamos    no    texto    as    possíveis    contribuições    do    cristianismo,particularmente da  Igreja Católica, para as ideais comunicacionais latino-americanas. Com base na revisão de literatura, conclui-se que o catolicismo deve papel preponderante para o entendimento da comunicação no continente.

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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Representations de la diversité religieuse à la télévision publique


Mihaela Alexandra Tudor

RESUMO

Le problème que je pose dans ce cadre consiste à voir quel sont les pratiques des médias de service public à l’égard des représentations de la diversité religieuse et, plus précisément, à l’égard des représentations de transmission et communication de la foi dans deux pays européens dont l’un fort religieux et l’autre fort laïc, la Roumanie et la France. Il est question de voir en quoi le discours des médias publics sur la diversité n’altère pas le principe de la laïcité, la neutralité, le respect du pluralisme et l’intégralité des consciences. Pour ce faire, je vais retenir deux cas de figure, deux émissions télévisées diffusées sur les chaînes publiques de télévision en France et en Roumanie : l’émission « Le jour du Seigneur », avec ses déclinaisons d’intitulé au fil du temps « Programme du dimanche » et « Les chemins de la foi », diffusée sur France 2 et « Universul credintei » (« l’Univers de la foi ») diffusée sur TVR1. En considérant ces deux programmes de télévision, je vais tenter de répondre globalement aux questionnements suivants: est-ce que tous les mouvements religieux sont-ils présents dans les médias audiovisuels publics autant que les acteurs des confessions religieuses traditionnellement implantées? Oui, c’est une réalité, certains mouvements disposent de leurs propres chaînes, mais leur présence sur leurs chaînes privées ne remplace pas un droit par un autre. S’agit-t-il alors d’une situation de monopole et de visibilité maximale des courants religieux dominants dans l’espace public au travers des médias publics? Plus de normalisation garantit plus d’accès compte tenu que le principe de laïcité prévoit l’égalité et l’absence de hiérarchie entre les différentes croyances et cultes?

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

La foi et le langage: paradigmes de sens pour les médias


Stefan Bratosin

RESUMO

Cette communication tâchera de montrer dans la perspective d'une épistémologie sociale que les paradigmes de sens irréductibles pour toute type de médiatisation sont la foi et le langage. Elle produira une argumentation en faveur de l'hypothèse que ce qui est fondamentalement spécifique pour les différents approches médiatiques de la réalité ne réside pas dans la production de sens, mais dans la direction que chaque type de médiatisation se donne pour orienter la vie de l'individu, de la société et d’une manière générale du monde. Enfin, la communication apportera une lecture de la liberté de conscience dans ce contexte où l'être humain - un existant donné - doit s' "in-former" sous la pression de l'être social - un existant historique construit collectivement.

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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Do sagrado tribal ao sagrado midiático: o televangelismo e a formação identitária religiosa



Dora Deise Stephan Moreira

RESUMO

O presente trabalho versa sobre as transformações por que passaram a relação do homem com o sagrado, desde os primórdios até os dias atuais. Na pré-história essa relação se dava, essencialmente, de forma a garantir a sobrevivência dos hominídeos, diante das intempéries da natureza. Num estágio mais avançado, houve uma intensificação dessa relação, uma vez que o homem das sociedades arcaicas passou a atribuir um sentido sagrado a tudo que estava ao seu redor, através das hierofanias. Veneravam-se deuses por intermédio de totens, extraídos do próprio meio ambiente. Com o advento das religiões de salvação, que tiveram no Cristianismo seu maior expoente, surgiu o elemento mediador entre o homem e o sagrado, representado, sobretudo, pelos profetas e sacerdotes. Por um longo tempo, as identidades religiosas possuíram um caráter mais fixo e permanente. Gradativamente, foi dando-se o processo de secularização da sociedade, fator que, dentre outros, ocasionou mudanças substanciais no campo religioso, impactando sobremaneira essas identidades. Os arautos do sagrado foram se transmutando. Com o aumento populacional, para se chegar até os fiéis tornou-se necessário o trabalho de mediadores mais portentosos: os veículos de comunicação. O foco de nossa pesquisa é a mediação televisiva e o peso que ela exerce na formação identitária religiosa na contemporaneidade. Deter-nos-emos na análise dos programas televangélicos, os quais representam anualmente cerca de cinco mil horas da programação dos canais abertos, conforme dados do OBITEL – Observatório Ibero-Americano da Ficção Televisiva. Nesse vasto universo, escolhemos como recorte empírico os programas Fala Que Eu Te Escuto (IURD/Rede Record) e Direção Espiritual (Igreja Católica/TV Canção Nova). Para interpretá-los, utilizamos princípios da Análise de Conteúdo, metodologia que tradicionalmente, desde a sua primeira aplicação, vem possibilitando a análise verticalizada de mensagens religiosas.

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domingo, 20 de novembro de 2016

O acontecimento renúncia de Bento XVI em jornais de referência


Tatiane Milani, Angela Zamin

RESUMO

O presente artigo analisa a produção do acontecimento jornalístico Renúncia de Bento XVI em dois jornais de referência, o brasileiro O Estado de São Paulo e o italiano Corriere della Sera, em suas versões digitais, em fevereiro de 2013. Por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 1979; Herscovitz, 2007), evidenciou-se que, nos jornais, o acontecimento foi assentado sobre escândalos ligados ao Vaticano, enquanto as razões apresentadas pelo Papa foram tomadas como condição que dificultaria trabalhar com tais questões.

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

LIVRO: Mídia, religião e sociedade - Das palavras às redes digitais




Luís Mauro Sá Martino

SINOPSE

Na sociedade contemporânea, as relações entre mídia e religião ganham novas e inesperadas dimensões. Facilitadas pelos ambientes digitais, essas ligações alteram a lógica da mídia e as práticas da religião, atingindo áreas como a política, a cultura, a economia e outros aspectos da vida cotidiana. De jornais e revistas a aplicativos para smartphones, passando por filmes e programas de televisão, denominações religiosas estão em vários espaços no ambiente das mídias. A ligação com as mídias aumentou a visibilidade pública das religiões, colocando indivíduos, comunidades e sociedades diante da necessidade de conviver com a diferença, com visões de mundo opostas - com o desafio de viver juntos. Dirigido a pesquisadores e estudantes das áreas de Comunicação e Ciências Sociais, Mídia, religião e sociedade oferece um panorama dessas relações. A partir de estudos de casos e situações do cotidiano, mostra também algumas das principais teorias, conceitos.

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Opinião: O Cristo Redentor Agora é Evangélico


Donizete Rodrigues
professor de antropologia e sociologia da Universidade da Beira Interior (UBI)
Saulo Baptista
especialista em ciência política e pós-doutorando em sociologia na UBI.

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Crivella e Freixo em debate realizado pela Band no 2º turno.
Até o Cristo Redentor, símbolo do catolicismo brasileiro, do alto do morro do Corcovado, na baía de Guanabara, pode estar boquiaberto: um bispo evangélico prefeito do Rio de Janeiro? Mas esta eleição não é tão surpreendente assim, se levarmos em conta a declaração do próprio Marcelo Crivella; ele afirmou que chegara até ali com a preciosa ajuda de Luiz Inácio Lula da Silva e do “seu” Partido dos Trabalhadores (PT). Vamos tentar entender como tudo aconteceu.

Do ponto de vista histórico e político, as relações entre a cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e o PT remetem às primeiras tentativas de Lula chegar à presidência da República, nas eleições de 1989, 1994 e 1998, em que ele saiu derrotado. Nesta época, a IURD fazia uma forte oposição ao PT - por considerar este partido ‘um reduto de comunistas’- e, em particular, ao Lula, retratado como ‘um símbolo do mal’. Ou seja, o PT personificava a besta do Apocalipse e Lula era o próprio diabo em pessoa. A Folha Universal, jornal oficial desta igreja neopentecostal, colocou, como matéria de capa, a figura de Lula - comparando-o a um sapo, símbolo do mal - e afirmava que o diabo tinha quatro dedos na mão esquerda - em alusão à falta de um dedo que Lula perdeu num acidente de trabalho, quando ele era torneiro mecânico.

Esta situação conflituosa perdurou até à quarta tentativa de eleição para presidente do Brasil. Lula reuniu-se, em Brasília, com Carlos Rodrigues, o líder do braço político da IURD, que já controlava uma importante bancada de deputados evangélicos, resultando numa negociação bem sucedida para ambos os lados: atendia aos objetivos imediatos do Partido (ganhar as eleições e Lula ser presidente) e, por outro lado, reforçava a ambiciosa trajetória da Igreja nos meandros do poder político, via eleição de parlamentares, nos níveis municipal, estadual e federal, até chegar à conquista do executivo - objetivo atingido na cidade do Rio de Janeiro, nas últimas eleições do dia 30 de outubro.

A partir daí, o PT passou a ser apoiado pela IURD e pela sua poderosa máquina mediática, cuja maior expressão é a Rede Record de Televisão, segundo canal mais visto no Brasil (depois da poderosa Rede Globo) e líder de audiência em horário nobre. Agora, nos media iurdianos, o PT já não era ‘um grupo de comunistas’ nem Lula era ‘a personificação do diabo’. Assim, Lula conseguiu ser eleito, em 2002, e reeleito em 2006, em aliança com o Partido Liberal, tendo como vice presidente, o empresário e senador José Alencar (já falecido), um assíduo leitor da Bíblia e que achava que “a homossexualidade é uma forma de violência à natureza humana”.

Mas há o outro lado da moeda (de troca): o PT ajudou (e muito) na ascensão política de Marcelo Crivella, sobrinho do poderoso fundador e líder da IURD, Edir Macedo. Em 2002, Crivella foi eleito senador pelo Estado do Rio Janeiro e reeleito em 2010, com Lula na presidência do país.

Lula, com o forte apoio da IURD, conseguiu eleger Dilma Rousseff, em 2010, reeleita em 2014. E o PT agradece o apoio: em 2014, na inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo, uma das maiores catedrais da IURD, participaram a ‘presidenta’ Dilma e o seu vice, Michel Temer, atual presidente do país. A foto mais famosa do evento é a de Dilma ao lado de Edir Macedo.

Em agosto deste ano, com o processo de impeachment de Dilma, da Presidência da República, facto aliado aos escândalos de corrupção, envolvendo o próprio Lula, o PT entra em declínio em todo o país. No eleitorado carioca, o índice de rejeição ao PT foi de quase 50% dos eleitores, o triplo das outras siglas partidárias. O PMDB, partido do impopular Presidente Temer, apresentava também altos índices de rejeição.

Crivella, outrora senador da base aliada do governo petista, já havia tentado uma eleição para governador do Rio, em 2014; na ocasião, não obteve apoio das Assembleias de Deus, outra poderosa força política evangélica no Brasil, que preferiram apoiar outros candidatos. Nesta eleição para ‘prefeito’ do Rio, porém, sem o PT e o PMDB, impopulares e enfraquecidos politicamente, o único candidato opositor no segundo turno era Marcelo Freixo, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), representando a esquerda. Marcelo Freixo ganhou o apoio da intelectualidade, dos artistas (Caetano Veloso, Chico Buarque e Wagner Moura e outros) e da classe média alta carioca, mas não conseguiu atrair os votos da população pobre, segmento social de base política da IURD; todos estes fatores históricos e políticos explicam a ascensão e vitória do bispo Marcelo Crivella à prefeitura do Rio de Janeiro.

Mas este é, apenas, um passo importantíssimo dentro de um projeto estratégico de poder da IURD, na sua marcha vitoriosa no contexto político brasileiro. E Marcelo Crivella não vai parar por aqui; ele já admitiu a possibilidade de se candidatar à Presidência do Brasil, com ou contra o seu antigo aliado Lula. Em 2018, os brasileiros poderão ter como líder máximo da nação um representante da Igreja Universal do Reino de Deus e aí o Cristo Redentor será coberto pelo manto sagrado do Espírito Santo.

SOBRE OS AUTORES

Donizete Rodrigues
Professor do Departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior, Portugal. Doutor em Antropologia social pela Universidade de Coimbra. Associado em Antropologia, com Agregação em Sociologia.

Saulo Baptista
Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2007). Mestre em Ciências Sociais (Sociologia) pela Universidade Federal do Pará (2002), Graduado e Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (1999), graduado em Engenharia Civil (1975), pela mesma universidade. Professor adjunto efetivo da Universidade do Estado do Pará.






segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Peregrinação, experiência e sentidos: Uma leitura de narrativas sobre o Caminho de Santiago de Compostela


Míriam Cristina Carlos Silva; Tarcyanie Cajueiro Santos

RESUMO

Objetiva-se refletir sobre as possibilidades comunicacionais a partir da experiência da peregrinação, registrada nas narrativas do site da Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela; assim como investigar o modo como se narram estas experiências, discutindose a produção de sentidos a partir do que é narrado. Pergunta-se: O que dizem estas narrativas? Qual é a importância delas para a experiência da peregrinação? Estas narrativas propiciam pistas sobre o mundo contemporâneo, a experiência da peregrinação, a natureza do narrador, os enredos mais narrados e suas tramas, o leitor ideal esperado e o que se pretende comunicar ao narrar este tipo de experiência.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

LIVRO: El Poder de la Religión en la Esfera Pública


Organizadores: Eduardo Mendieta, Jonathan Vanantwerpen

Autores: Judith Butler, Jurgen Habermas, Charles Taylor, Cornel West, Craig Colhoun


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Conteúdo

Agradecimientos.................................................................................................. 9
Introducción: Eduardo Mendieta y Jonathan VanAntwerpen.................. 11
Lo político: el sentido racional de una cuestionable herencia de la teología política: Jürgen Habermas............................................................... 23
Por qué necesitamos una redefinición radical del secularismo: Charles
Taylor.............................................................................................................. 39
Diálogo entre Jürgen Habermas y Charles Taylor.................................... 61
¿El judaismo es sionismo?: judith Butler...................................................... 69
Religión profética y futuro de la civilización capitalista: Cornel West... 87
Diálogo entre Judith Butler y Cornel West................................................. 95
Debate final: Judith Butler,; Jürgen Habermas, Charles Taylor, Cornel
West................................................................................................................. 103
Epílogo: Craig Calhoun................................................................................. 111
Apéndice: ¿Una sociedad mundial postsecular? Sobre la relevancia filosófica de la conciencia postsecular y la sociedad mundial multicultural. Entrevista con Jürgen Habermas................................................... 125 

SOBRE O LIVRO

Muchas de las opiniones comunes sobre la religión y la vida pública son mitos que tienen poco que ver con la realidad política y social o con la experiencia cotidiana. Por ejemplo, la religión no es ni meramente privada ni puramente irracional. Y la esfera pública tampoco es un ámbito de franca deliberación racional ni un espacio pacífico de acuerdo libre de coacción.

En los últimos años, en medio de una extendida recuperación del interés por la relevancia pública de la religión, son las categorías mismas de lo religioso y lo secular las que se reexaminan, reelaboran y replantean. Es lo que hacen, en este libro, cuatro destacados pensadores y representantes de la filosofía política y social contemporánea: Jürgen Habermas, Charles Taylor, Judith Butler y Cornel West.

Se recogen aquí sus intervenciones en un coloquio sobre «el poder de la religión en la esfera pública», tanto sus propias exposiciones como su posterior diálogo mutuo. Cada uno de ellos en su peculiar estilo intelectual y, traspasando los confines de las disciplinas académicas, desde un fuerte compromiso público. Juntos representan algunas de las voces filosóficas más originales e influyentes de hoy, y abarcan el espectro de la teoría crítica más reciente, del pragmatismo y el posestructuralismo a la teoría feminista y la teoría crítica de la raza, la hermenéutica o la filosofía del lenguaje.

La presente edición española se completa con una conversación entre Jürgen Habermas y Eduardo Mendieta sobre la relevancia filosófica de la conciencia postsecular y la sociedad mundial multicultural.

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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A manifestação da fé em Cachoeira Paulista: o espaço sagrado da comunidade Canção Nova 1978 - 2011


Jefferson Rodrigues de Oliveira

RESUMO

A geografia da religião no Brasil pós 1990, vem apresentando temas que auxiliam os geógrafos no entendimento do espaço. Para o geógrafo da religião, os estudos têm por análise a dimensão espacial da fé, no tempo e no espaço, trata-se da análise de duas categorias: o sagrado e o profano. Esta pesquisa visa como objetivo, o estudo da comunidade católica, a Canção Nova, inserida em um movimento renovador na Igreja Católica Apostólica Romana denominada Renovação Carismática Católica (RCC) em seu espaço e no tempo de fé. Torna-se necessário desenvolver a importância do sagrado no Vale do Paraíba Paulista em seus sucessivos (re) arranjos espaciais na hierópolis de Cachoeira Paulista. A interpretação dessas organizações espaciais ocorreu ao analisar os possíveis agentes modeladores no espaço: peregrinos, turistas, visitantes, comerciantes e moradores. O Espaço Sagrado e seus respectivos espaços vinculados representaram a contribuição geográfica dessa dissertação e facilitou a compreensão do homem com o divino e sua relação na dimensão econômica, a dimensão política e a dimensão do lugar.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Pensacom 2016 conta com GT sobre Comunicação Eclesial


Acontece nos dias 12 e 13 de dezembro, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo, o Pensacom Brasil 2016, evento científico realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), Serviço Social do Comércio (SESC) e Cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação para o Desenvolvimento Regional da Universidade Metodista de São Paulo. O congresso contará com um Grupo de Trabalho (GT) sobre Comunicação Eclesial e recebe trabalhos até 31 de outubro. As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Fique atento aos prazos:

PRAZOS

ENVIO DE RESUMOS – 31 de outubro de 2016
ACEITE DOS RESUMOS – 07 de novembro de 2016
ENVIO DOS TEXTOS COMPLETOS – 30 de novembro de 2016

NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE RESUMO EXPANDIDO

O resumo expandido deverá ter de 400 a 500 palavras e ser salvo em PDF. O nome do arquivo será o nome e sobrenome do autor, devem ainda ter os seguintes elementos: título, autores, resumo (introdução, metodologia, fundamentação teórica e considerações finais), palavras-chave e Referências Bibliográficas.

Confira a ementa do GT e saiba mais sobre o evento e como participar clicando <<<aqui>>>.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

“Midiatização da Religião: processos midiáticos e a construção de novas comunidades de pertencimento - Estudo sobre a recepção da TV Canção Nova”


Paulo Roque Gasparetto

RESUMO

 Examina-se aspectos do funcionamento do fenômeno da midiatização da religião  caracterizada como “comunidades de pertencimento”, dando atenção para as suas causas, mas,  sobretudo, mostrar experiências televisivas que atravessam o cotidiano dos fiéis, deslocando-os  para vivências que se realizariam no interior da comunidade demarcadamente sociorreligiosa-  televisiva. Mostra-se as estratégias de reconhecimento de sentido religioso e práticas  sociossimbólicas religiosas, desenvolvidas por receptores católicos da TV Canção Nova, em  Caxias do Sul.

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Habitus e pensamento comunicacional protestante no processo de midiatização



Ricardo Zimmermann Fiegenbaum

RESUMO

Ao analisar, neste artigo, alguns dos documentos oficiais sobre comunicação produzidos no âmbito das igrejas brasileiras Metodista e Evangélica de Confissão Luterana, busca-se observar como o habitus midiático comparece no pensamento comunicacional dessas igrejas, operando sobre os modos como intentam difundir valores, obter visibilidade e estabelecer vínculos. Observa-se que as igrejas reconhecem no midiático um lugar estratégico para realização de seus objetivos, mas procuram subordiná-lo ao habitus religioso. Nesse processo de acomodações, negociações e resistências, que se dá em operações auto e heterorreferentes e que envolve instituições não-midiáticas, midiáticas e atores individuais, as igrejas acabam implicadas na midiatização mais ampla de toda a sociedade.

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Seminário na Universidade Federal de Goiás recebe trabalhos sobre comunicação e religião



A edição 2016 dos Seminários de Mídia e Cidadania e de Mídia e Cultura (Semic) está com chamada aberta para trabalhos até o dia 25 de outubro. O evento contará com um Grupo de Trabalho (GT6) sobre Comunicação e Religiosidade coordenado pelo professor Dr. Luiz Signates. Há também GTs que trabalham com os temas:

GT 1 - Jornalismo e Cidadania
GT 2 - Cidadania e Leitura Crítica da Mídia
GT 3 - Representações Sociais e Comunicação
GT 4 - Mídia, Cidadania e Direitos Humanos
GT 5 - Comunicação, cultura, sociabilidade e imaginário das organizações
GT7 – Corpo, Subjetividade e Gênero
GT8 - Narrativas, entretenimento e tecnologia
GT9 – Interfaces Comunicacionais
GT10 – Narrativas midiáticas e consumo
GT11 – Comunicação, Transgressão e o Bem Viver

O SEMIC será realizado de 6 a 8 de dezembro na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal de Goiás (UFG). As inscricoes sao gratuitas e podem ser feitas acessando o <<<site>>> do evento. Para saber mais sobre os Grupos de Trabalho clique <<<aqui>>>.

domingo, 16 de outubro de 2016

IGREJA CATÓLICA NO MUNDO DIGITAL: As tensões entre discurso e prática da igreja na era da internet e as redes de relacionamento do Círio de Nazaré, em Belém do Pará, como fenômeno de midiatização religiosa


Thamiris Magalhães de Souza

RESUMO

Este trabalho busca analisar os processos de interação entre fiéis e igreja, mais especificamente nas redes de relacionamento da maior procissão católica da América Latina: O Círio de Nossa Senhora de Nazaré, realizado todo segundo domingo de outubro na capital paraense, Belém do Pará. As redes sociais digitais do Círio e dos internautas, mais especificamente o Facebook, são estratégias ainda recentes utilizadas pela igreja para evangelizar, nas chamadas mídias digitais, originárias da web 2.0 e da cibercultura, em uma sociedade em vias de midiatização. Nessas novas plataformas comunicacionais, a religião começa a alterar seus modos de se comunicar, sendo que os fiéis passam a ter papel central e relevante neste novo cenário. Nesta análise, são discutidas que mudanças começam a surgir no discurso e na prática da Igreja Católica Apostólica Romana proporcionadas pela inserção da igreja no mundo digital, bem como as tensões encontradas ao longo deste percurso entre o dizer e o fazer da instituição religiosa. São percebidas, ainda, as divergências encontradas nas opiniões dos próprios padres, com relação ao uso, objetivo e outros detalhes quanto à evangelização no meio digital. Como estudo de caso, são analisados os discursos dos internautas nas mídias digitais do Círio de Nazaré, percebendo se há uma alteração no modo de ser e fazer religião e um novo modo de ser religioso que começa a emergir nas redes de relacionamento da internet, com a crescente midiatização da sociedade.

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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Verso una «cyberteologia»? L’intelligenza della fede nel tempo della Rete


Antonio Spadaro

RESUMO

The intelligence of faith in the era of the Net – The Internet has become part of everyday life for many people, and for this reason it increasingly contributes to the construction of a religious identity of the people of our time, affecting their ability to understand reality, and therefore also to understand faith and their way of living it. The Net and the culture of cyberspace pose new challenges to our ability to formulate and listen to a symbolic language that speaks of possibility and of signs of transcendence in our lives. Perhaps the time has arrived to consider the possibility of a cybertheology also understood as the intelligence faith in the era of the Net. It would be the fruit of faith that releases from itself a cognitive boost at a time in which the logic of the Net influences the way we think, learn, communicate and live.

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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Da festa ao cerimonial midiático: as estratégias de midiatização da teleromaria da Medianeira pela Rede Vida



Viviane Borelli

RESUMO

A pesquisa se propõe a examinar os modos com que os processos midiáticos afetam os rituais e as práticas religiosas através de análise das estratégias desenvolvidas pela Rede Vida na construção da Teleromaria da Medianeira. Mostra-se que ao produzir a Romaria, que acontece em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, a mídia televisiva passa a impor as suas próprias regras e gramáticas, gerando uma outra cerimônia, a midiática. Ao analisar essas processualidades - da festa ao cerimonial televisivo - identificam-se distintos momentos e estágios de afetação dos cerimoniais midiáticos sobre as práticas religiosas, evidenciando como a midiatização estrutura e regula as relações entre os campos por meio do trabalho de seus dispositivos tecno-simbólicos. É nessas condições que a tese mostra que o processo de midiatização da Romaria acaba gerando um produto, a Romaria midiatizada. Nesse contexto, a investigação é elaborada numa perspectiva em que, cada vez mais, as festas passam a ser co-determinadas pelas atividades midiáticas, que se realizam através de operações técnicas e discursivas de seus dispositivos por meio de distintas estratégias de produção de sentidos. Para tanto, utilizou-se um conjunto de procedimentos teóricos, metodológicos e técnicos que inclui pesquisa bibliográfica e documental, observação, entrevistas e análises de documentos midiáticos. A tese está construída em três partes: na primeira, discutem-se os principais conceitos que norteiam a pesquisa, como de midiatização, campos sociais e cerimonial midiático; na segunda, abordam-se alguns aspectos mais contextuais para mostrar como a cerimônia religiosa é perpassada ao longo de sua realização por processos comunicacionais; na terceira, analisam-se os cinco modelos de midiatização através das transmissões da Romaria pela Rede Vida dos anos de 2001, 2002, 2003, 2004 e 2006. O estudo evidencia que os processos de midiatização fazem com que a cerimônia em si seja reconfigurada e que o campo religioso passa a estreitar e a desenvolver complexas relações com o midiático, reestruturando os modos de organização de seus rituais para adaptá-los às lógicas midiáticas.

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

A religião teleterapeutizante: discursividades dos templos midiáticos


Antonio Fausto Neto

RESUMO

Com base em pesquisa de teleemissões veiculadas no período de 2002/2004, estudam-se, além dos diferentes formatos de permanência da religião na esfera pública no Brasil, as estratégias de embate religioso – Igrejas Evangélica e Católica – no sentido de uma nova configuração do mercado religioso. Descrevem-se os dispositivos midiáticos para fazer face aos diferentes sintomas que neles se apresentam, através de demandas e de buscas de processos de curas às diferentes formas de mal-estar que acometem a saúde do corpo e da mente dos indivíduos que se expõem aos programas. Não se trata mais da prédica de uma religião abstrata, mas daquela que, fundando-se na ‘economia do contato’, trata de transformar o lócus midiático em ambiente de consolo, atendimento e de terapeutização.

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sábado, 1 de outubro de 2016

LIVRO: A Explosão Gospel - Um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico no Brasil


Magali do Nascimento Cunha

SINOPSE

O crescimento da presença dos evangélicos no Brasil, que dá nova forma ao mosaico religioso no País, é um fenômeno recente que tem estimulado estudos nas mais variadas áreas do pensamento. Este livro busca responder a este desafio e é resultado de pesquisas com uma abordagem particular e inédita - o lugar das culturas da mídia e do mercado na formação de uma nova expressão cultural religiosa - a cultura gospel. Para esse estudo, a autora valeuse das ferramentas oferecidas pelos estudos culturais e pelas ciências da religião e analisa o que há de mais atual no cenário evangélico na contemporaneidade - o lugar da música, do consumo e do entretenimento como mediações do sagrado. Para isso, busca na metáfora 'vinho novo em odres velhos' uma resposta à indagação - o que é realmente novo na explosão gospel que mudou o jeito de ser evangélico no Brasil? Esse livro analisa o que há de mais atual no cenário evangélico na contemporaneidade - o lugar da música, do consumo e do entretenimento como mediações do sagrado.

Detalhes

Origem: NACIONAL
Editora: MAUAD
Edição: 1
Ano: 2007
Assunto: Ciências Sociais
Idioma: PORTUGUÊS
 País de Produção: BRASIL
Código de Barras: 9788574782287
ISBN: 8574782289
Encadernação: BROCHURA
Altura: 14,00 cm
Largura: 21,00 cm
Complemento: NENHUM
Nº de Páginas: 232

Não encontramos cópias online gratuitas (se encontrar compartilhe conosco), se quiser adquirir a obra pode comprá-la em sites de livrarias ou no Estante Virtual.

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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Candidato cria saia justa em debate da Globo em Salvador ao tentar ler um trecho da Bíblia

Matéria originalmente postada no portal do Extra. Clique <<<aqui>>> para ler no site.

29/09/16

Um momento, no mínimo, inusitado chamou atenção no debate promovido pela TV Globo nesta quinta-feira, em Salvador, com candidatos à prefeitura da capital da Bahia. Em determinado instante, o deputado estadual Pastor Isidório (PDT) decidiu ler um trecho da Bíblia.

Repreendido pelo mediador, o jornalista Alexandre Garcia, o candidato foi lembrado de uma das regras do debate, que não permite a leitura de documentos durante as falas dos participantes. Pastor Isidório, então, argumenta que a Bíblia se trata de um "patrimônio imaterial".

Após um breve bate-boca entre o candidato e o jornalista, Pastor Isidório, então, criticou o rival e atual prefeito da cidade, ACM Neto (DEM), e a palavra foi passada para o próximo a perguntar no rodízio. Confira:




De acordo com os dados mais recentes do Ibope, ACM Neto lidera a disputa em Salvador, com 68% das intenções de voto e deve encerrar a disputa no primeiro turno. Em segundo lugar, Alice Portugal (PC do B) aparece com 8%, enquanto Pastor Isidório (PDT) tem 6%.

Leia o texto no site do Extra clicando <<<aqui>>>.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Axé on-line: a presença das religiões afro-brasileiras no ciberespaço



Patrícia Ferreira e Silva

RESUMO
 Os estudos sobre religiosidade no Brasil tem revelado, nos últimos anos, a importância da internet para grupos religiosos, interessados nas oportunidades de convivência, na troca de informações e conhecimentos litúrgicos, na oferta de serviços, na captação e conversão de novos adeptos, no combate a outras denominações e na articulação política inter-religiosa. Eles evidenciam a grande diversificação dos usos religiosos que se pode atribuir aos meios digitais, resignificando no ciberespaço a transmissão do sagrado segundo as especificidades das distintas religiosidades. No entanto, este campo de observação e de estudos tem se voltado especialmente para a análise de grupos hegemônicos no mercado religioso on-line brasileiro, como católicos, evangélicos e espíritas, em detrimento da participação de grupos minoritários. O objetivo do presente trabalho, nesse sentido, é contribuir para avançar nessa área ainda pouca explorada das pesquisas sobre a presença das religiões afro-brasileiras no ciberespaço e ressaltar as ligações desse fenômeno com as recentes disputas no interior do campo afro-religioso brasileiro, em especial, dentro do grupo de tradição iorubá.

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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Seminário de Teologia da Paulus oferece workshop gratuito sobre Mídia e Religião


A PAULUS promove no dia 20 de outubro o 3º Simpósio Paulus de Teologia e Pastoral. O evento será realizado na FAPCOM (Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação), localizada na Rua Major Maragliano, 191, Vila Mariana, São Paulo (SP) de 8h às 12h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas de 19 de setembro e 14 de outubro neste <<<site>>>.

O Simpósio contará com uma conferência presidida por Dom Luiz Carlos Dias e pelo jesuíta espanhol Luís González-Quevedo Campo sobre o pensamento do papa Francisco. Em seguida, o público poderá participar de um dos cinco workshops temáticos, dentre eles há um sobre Mídia e Religião que será ministrado pelo professor Dr. Ismar de Oliveira Soares, professor no programa de pós-graduação em Comunicação da Universidade de São Paulo (USP). Os demais workshops trabalham os seguintes temas: A reforma estrutural da Igreja; Conversão Pastoral da Igreja; O diálogo com a sociedade, com as igrejas, com as religiões e com a cultura; e Refugiados: qual é o papel da Igreja?.

Para mais informações clique <<<aqui>>>.


domingo, 18 de setembro de 2016

I Seminário Internacional de Midiatização prorroga prazo para submissão de trabalhos


O programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) prorrogou o prazo submissão de propostas de comunicação do I Seminário Internacional de Pesquisas em Midiatização e Processos Sociais até o dia 05 de outubro. O evento será realizado de 12 a 16 de dezembro, no campus da Unisinos em São Leopoldo (RS). Poderão inscrever trabalhos doutores, mestres, alunos de pós-graduação e graduandos com pesquisa relacionada à temática do evento. O seminário tem por objetivo reunir e fomentar o debate a partir das diferentes perspectivas dos estudos de midiatização.

Midiatização da Religião é um dos eixos de destaque do evento que contará com a presença de pesquisadores que desenvolvem pesquisas nesta área, como Stig Hjarvard (University of Copenhagen), Stephan Bratosin (Université Paul Valéry Montpellier 3), Luís Mauro Sá Martino (Casper Líbero), Pedro Gilberto Gomes (Unisinos) e Antonio Fausto Neto (Unisinos).

Conheça as datas para participação como autor nos grupos de trabalho abaixo:

* Submissão de resumos: até 01.10.2016
* Divulgação dos trabalhos aprovados: até 15.10.2016
* Inscrições: até 15.11.2016
* Submissão do artigo completo para publicação nos Anais do Evento: até 15.11.2016.

Fique por dentro das últimas novidades do evento acessando e sabia como enviar seu trabalho acessando o  <<<site>>> e a <<<página no facebook>>>.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

ENTRE A CURA E O ESPETÁCULO: a midiatização do discurso religioso na Nação dos 318


Carlos Renan S. Sanchotene

RESUMO

O presente artigo faz uma reflexão sobre o processo de midiatização do campo religioso e as estratégias de captura dos fiéis, a partir do programa televisivo religioso Hora dos Empresários, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Transmitido pela Rede Record de Televisão, o programa é destinado às pessoas que buscam uma solução para a crise financeira. Com estratégias distintas, os pastores oferecem ajuda aos telespectadores por meio dos serviços de autorreferencialidade, além da espetacularização do discurso religioso via imagens, testemunhos e dramatização. O estudo evidencia que a “cura” financeira, as conquistas e vitórias só podem ser alcançadas dentro do templo, através da Nação dos 318.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Media and Religion in Brazil: The rise of TV Record and UCKG and their attempts at globalization


Raul Reis

RESUMO

The Universal Church of the Kingdom of God (UCKG), a neo-Pentecostal religious group originally from Brazil, has attracted a great deal of attention since it was founded by Pastor Edir Macedo in 1977. Part of that attention is due to the group’s and its leaders’non-traditional religious practices, which include syncretic versions of Christian Pentecostal, shamanistic, and Afro-Brazilian Umbandan rituals. A great deal of scrutiny, however, centers on the fact that since the UCKG purchased TV Record in the early 1990s, the group has become a major player in the very desirable and profi table Brazilian broadcasting market. This paper examines the rise of UCKG as a major media player in Brazil, and also sheds some light into the Church’s attempts at globalizing (or at least expanding) its television and radio holdings to other countries and regions.

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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Fenômeno do Marketing Religioso: Análise do discurso da Igreja Renascer em Cristo na mídia


Karla Regina Macena Pereira Patriota

RESUMO

Nos últimos vinte anos, assistimos a proliferação de inúmeras formas de produção e uso da mídia na esfera religiosa. A Igreja Renascer em Cristo, alvo deste trabalho, por exemplo, é dona da Rede Gospel e de mais de 17 emissoras de rádio, nelas realiza transmissões ininterruptas 24 horas por dia, via satélite. No amplo espaço que utiliza, (templos e mídia) a Renascer tem desenvolvido um discurso que dialoga com a atual conjuntura sócioeconômica da sociedade brasileira. A igreja estabeleceu em sua teologia, uma lógica de mercado, onde os valores que afloram são oriundos da Teologia da Prosperidade. No universo religioso/midiático da Renascer, encontramos o estímulo ao consumo de bens religiosos que privilegiam o individualismo, a vaidade, o consumo material, o empreendimento financeiro, o sobrenatural e a abundância, negando o sofrimento e qualquer sentimento que cause algum desconforto. Neste trabalho, analisamos seis sermões dos fundadores da Renascer, o Apóstolo Estevam Hernandes e a Bispa Sônia Hernandes (03 sermões de cada), veiculados na mídia. Como aparato teórico utilizamos os postulados da Análise do Discurso Francesa. O conceito de interdiscursividade possibilitou a verificação da presença de outras vozes discursivas que se manifestam no discurso da Igreja Renascer. Percebemos como os discursos da Confissão Positiva, do marketing, da Teologia da Prosperidade, dos manuais de auto-ajuda penetram no discurso da Igreja interferindo no seu sentido. Na mesma direção, o conceito de heterogeneidade discursiva serviu para verificarmos como os sermões são atravessados por outros discursos e por discursos de outros. Estes diferentes discursos, mantém entre si, em algumas circunstâncias, uma relação contratual, como é o caso das referências bíblicas que legitimam a sua construção, mas por outro lado, percebemos as relações de contradição, de confronto ou de dominação com os discursos analisados

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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Mediatización de la religión en la periferia urbana en el Perú


Rolando Pérez

RESUMO

Este artigo apresenta leituras e reflexões sobre o papel dos meios de comunicação nos processos e práticas que os grupos religiosos constroem a partir da periferia urbana. Nossa análise enfatiza especialmente as práticas desses grupos, movimentos e congregações, especialmente relacionadas ao conservadorismo evangélico urbano no Peru. A partir deste contexto, refletimos sobre as implicações dos processos de mediatização religiosa gerada em torno das práticas desses grupos que desenvolvem habilidades, de legitimidade e interagem em um contexto em que, historicamente, têm sido relegado para o lugar dos “outros” esforços religiosos. Neste processo, vemos a ressignificação de seu discurso e novas táticas e meios de comunicação para influenciar de seu compromisso religioso em espaços cotidianos de estratégias de pessoas.

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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

CHAMADA: I Seminário Internacional de Pesquisas em Midiatização e Processos Sociais



O programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) convida pesquisadoras e pesquisadores a submeterem propostas de comunicação para o I Seminário Internacional de Pesquisas em Midiatização e Processos Sociais. O evento será realizado de 12 a 16 de dezembro, no campus da Unisinos em São Leopoldo (RS). Poderão inscrever trabalhos doutores, mestres, alunos de pós-graduação e graduandos com pesquisa relacionada à temática do evento. A data limite para envio dos resumos é dia 05 de outubro. O seminário tem por objetivo reunir e fomentar o debate a partir das diferentes perspectivas dos estudos de midiatização.

Midiatização da Religião é um dos eixos de destaque do evento que contará com a presença de pesquisadores que desenvolvem pesquisas nesta área, como Stig Hjarvard (University of Copenhagen), Stephan Bratosin (Université Paul Valéry Montpellier 3), Luís Mauro Sá Martino (Casper Líbero), Pedro Gilberto Gomes (Unisinos) e Antonio Fausto Neto (Unisinos).

Conheça as datas para participação como autor nos grupos de trabalho abaixo:

* Submissão de resumos: até 05.10.2016
* Divulgação dos trabalhos aprovados: até 15.10.2016
* Inscrições: até 15.11.2016
* Submissão do artigo completo para publicação nos Anais do Evento: até 15.11.2016.

Fique por dentro das últimas novidades do evento acessando e sabia como enviar seu trabalho acessando o  <<<site>>> e a <<<página no facebook>>>.


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

La Encíclica Laudato Si’ en El País y en El Mundo


Rogelio Fernández Reyes

RESUMO

La especie humana viene causando un cambio global, en un periodo denominado antropoceno. La ONU ha alertado de cambios “sin precedentes” en la Tierra, dentro de los cuales el cambio climático se está erigiendo en uno de los mayores retos de la especie humana. La cumbre de París, en diciembre de 2015, ha sido una cita destacada en el calendario internacional en torno a este reto. Previamente, numerosas voces y líderes se han pro-nunciado sobre la seriedad del desafío. Entre las aportaciones que han tenido un fuerte eco mediático y previsiblemente una considerable influencia, se encuentra la encíclica Laudato Si’ del Papa Francisco. Estudiar cómo ha sido tratado por medios escritos nos puede dar una muestra de la representación social generada en torno a este documento. Para esto se aplica un análisis de contenido en las informaciones que abordan la encíclica en los diarios de más difusión españoles.

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Brands of faith: marketing religion in a commercial age


Mara Stein

Apresentação (clique <<<aqui>>> para baixar o livro)

In a society overrun by commercial clutter, religion has become yet another product sold in the consumer marketplace. Faiths of all kinds must compete not only with each other, but with a myriad of more entertaining and more convenient leisure activities. Brands of Faith argues that in order to compete effectively faiths have had to become brands – easily recognizable symbols and spokespeople with whom religious prospects can make immediate connections.

Mara Einstein shows how religious branding has expanded over the past twenty years to create a blended world of commerce and faith where the sacred becomes secular and the secular sacred. In a series of fascinating case studies of faith brands, she explores the signifi cance of branded church courses, such as Alpha and 40 Days of Purpose, the growth of megachurches, and the popularity of televangelists like Joel Osteen and their counterpart television talk-show host Oprah Winfrey, as well as the rise of Kabbalah. She asks what the consequences of this religious marketing will be, and outlines the possible results of religious commercialism – good and bad. Repackaging religion – updating music, creating teen-targeted bibles – is justifi able and necessary. However, when the content becomes obscured, religion may lose its unique selling proposition – the very ability to raise us above the market.

Mara Einstein is Associate Professor of Media Studies at Queens College as well as a professor at the business school at New York University. Prior to teaching, she worked as a marketing executive at NBC and MTV Networks as well as at a number of major advertising agencies.

Sumário

Series editors’ preface viii

Preface ix

1 Introduction 1

2 The changing religious marketplace 16

3 The business of religion 37

4 Branding faith 67

5 The course to God 95

6 The new televangelists 120

7 Kabbalah: marketing designer spirituality 147

8 The politics of faith brands 173

9 Has religious marketing gone too far? 192

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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Mídia e religião: a “nova era” no mercado editorial


Fátima Regina Gomes Tavares; Joelma do Patrocínio Duarte

RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar a “expansão” do movimento nova era a partir da relação entre o surgimento do mercado editorial “esotérico” e as percepções da mídia impressa, onde, nos anos 80, verificou-se uma crescente visibilidade do movimento. Ao que parece, esta crescente visibilidade da nova era abre espaço para que esta se configure como fenômeno de consumo cultural.

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domingo, 21 de agosto de 2016

Decifra-me ou te devoro: os desafios das igrejas na sociedade em midiatização – Entrevista com Pedro Gilberto Gomes

22/08/2016
Por Marco Túlio de Sousa
Doutorando em Comunicação (Unisinos) 

Professor Dr. Pedro Gilberto Gomes da Unisinos.
A segunda entrevista do Mídia, Religião e Sociedade é com o pesquisador Dr. Pedro GilbertoGomes, docente do programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e pró-reitor Acadêmico na mesma universidade. Na entrevista concedida a Marco Túlio de Sousa, administrador deste blog, o professor falou dos conceitos de “igreja eletrônica” e midiatização” e destacou a importância de pesquisadores e instituições religiosas compreenderem o que significa hoje estar na mídia hoje.


dia, Religião e Sociedade (MRS): Em seu livro “Da Igreja Eletrônica à sociedade em midiatização” (GOMES, 2010) o senhor traz o conceito de “igreja eletrônica” para falar em um primeiro momento dos televangelistas americanos e depois propõe pensar esta problemática que envolve mídia e religião por meio do conceito de “midiatização”. Para o senhor o conceito de “igreja eletrônica” é produtivo para pensar apenas aquela dinâmica inicial ou desde sempre ele já mostrou insuficiente para dar conta deste fenômeno? 

Pedro Gilberto Gomes: Veja, nem uma coisa nem outra, no meu entendimento, se a gente olha o que está na raiz dos televangelistas norte americanos nós encontramos um histórico que os liga aos revivals que vem desde a época do faroeste. Basicamente, de tempos em tempos surgia um grande pregador nos EUA que percorria o país de cidade em cidade, com grandes tendas armadas, para fazer aquele reavivamento moral. Posteriormente, esse reavivamento veio a acontecer no radio, com os grandes pregadores, dentre eles o Billy Graham, que era batista, e o Fulton Sheen, do lado católico. Já os televangelistas, aqueles que eu faço uma resenha no livro, levam isto para a TV. E aí é que vem o conceito de “igreja eletrônica”. Eles criam, eles trabalham com uma igreja cuja base é a televisão. Muitos começam na televisão, depois constroem uma catedral, criam universidades, hospitais e quando chegam a criar um canal próprio de televisão quebram. Mas eles não são uma igreja no sentido estrito, como nós conhecemos (com templos e pastores espalhados em vários lugares etc). Muitos até estavam em uma religião tradicional, batista, metodista, por exemplo, tinham uma iluminação e começavam a pregar na televisão. Com o tempo ficavam mais famosos que a própria igreja e se separavam dela, fundando a sua própria, que era a “igreja eletrônica”. Então, nesse conceito a Universal não pode ser considerada uma igreja eletrônica. Por quê? Porque se tu vais de norte a sul do Brasil ou nos países onde ela está, ela tem templos espalhados. O central dela não é, como para os televangelistas norteamericanos, a comunidade como igreja eletrônica. Então, esse conceito explica aquele momento e ajuda a pensar. Quando eu levo para a discussão de midiatização” para explicar essa relação mídia e religião é porque eu começo a perceber que nessa realidade de uma sociedade em midiatização, neste novo ambiente que se estabelece, o modo de fazer religião muda.

MRS: E quanto ao envolvimento das instituições religiosas, especificamente da Igreja Católica, como o senhor vê essa relação?

Pedro Gilberto Gomes: Bom, antes de trabalhar nessa questão da midiatização, eu publiquei um artigo que saiu na revista Perspectiva Teológica que se chamava “Decifra-me ou te Devoro”, em que falava da Igreja Católica e que se nós não decifrássemos esse enigma de estar presente nos grandes meios (que naquele contexto era a televisão) seríamos devorados por eles. O título foi uma analogia na qual a mídia é o primeiro anel do livro Senhor dos Anéis, do Tolkien. Se alguém achava que poderia usar o poder do anel para fazer qualquer coisa era engolfado pelo poder dele, já que ele obedecia ao Sauron. E se tu vês no final, o anel só foi destruído por um acidente, senão ele não teria sido destruído. E olha que o Frodo não queria usar o anel. Ele foi lá pra destruir o anel e mesmo assim o anel o pegou. Quer dizer, a mídia é como esse primeiro anel de Tolkien porque se eu não a decifro sou destruído por ela. Tenho que estar na televisão, mas preciso analisar o que significa isso, que tipo de religião se está criando. Por exemplo, o padre Marcelo estruturou sua vida em torno da televisão e acho que ele não a decifrou corretamente, tanto que ele foi engolido por ela. Hoje se olhares a televisão, ele está pouco lá. E muitas vezes quando ele aparece é para falarem que ele está magro etc. Não é mais aquele padre que está na televisão, celebrando a missa cantando e dançando. Agora existem outros.

MRS: e as demais igrejas? Decifraram esse enigma?

Pedro Gilberto Gomes: Não, ainda estão engatinhando. O grande problema é que as igrejas se colocam ainda como se estivessem em uma “sociedade dos meios” (FAUSTO NETO, 2008), achando que os meios não são outra coisa que canais para passar a sua mensagem. Então eu posso entrar e, claro, em vez de falar para um grupinho de 12 pessoas, agora, com a internet, eu falo para milhões de pessoas, eu passo a minha mensagem. Não é assim, existem normas, existem regras, existem dinâmicas próprias das mídias que são diferentes das normas da religião e eu tenho que fazer concessões. Por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul os capuchinhos venderam um canal de TV para Bandeirantes, que por um tempo continuou a transmitir a missa. O encarregado era o frei Renato Zanola e a primeira coisa que a emissora colocou como condição era que ele usasse o hábito na hora de rezar a missa. Mas eu nunca o vi de hábito. Isso foi uma foi uma concessão que ele teve de fazer ao espetáculo. Essas coisas é que a igreja não está se dando conta. Daí a pergunta que eu faço a partir do Hoover: eu não tenho que perguntar o que a religião faz com os meios, mas que religião está surgindo deles? A mídia em geral cria novas condições de relacionamento entre as pessoas. Então nesse sentido, se muda o modo de ser religioso. Por exemplo, pega o site [da basílica] de Aparecida, o A12. Lá tu podes colocar uma vela para Nossa Senhora e definir até a duração dela. Existe a possibilidade de fazer uma visita guiada ao santuário. E nessa visita guiada tu vês a imagem original de Aparecida com muito mais riqueza, com muito mais facilidade do que se for lá.

MRS: Este é um ponto interessante porque muitas vezes se tem essa percepção, inclusive na academia, de que a experiência religiosa nessa ambiência é sempre de baixa qualidade, inferior se compararmos com aquela vivenciada no templo. Então, parece que a questão não é bem essa...

Pedro Gilberto Gomes: é qualitativamente diferente, é outra coisa. Eu vou te dar o exemplo de uma tese defendida no programa [de pós-graduação em Comunicação da Unisinos] sobre missa televisiva. O Domingos Volney Nandi fez uma pesquisa quantitativa com dados de quem assistia as missas do padre Marcelo Rossi. Depois fez uma pesquisa qualitativa, com grupos focais. Nessa fase ele pegou uma missa do padre Marcelo e nos momentos em que aparecia o povo cantando substituiu pelas imagens da plateia do Faustão. Ninguém percebeu que não era o mesmo público. Aí ele se perguntou: o que está havendo? É um novo modo de ser mostrando também que no caso da televisão existem regras e dos processos televisivos aos quais eu tenho de fazer concessão. E quando eu faço concessão a essas regras, eu mudo o modo de ser religioso, eu mudo o modo de ser igreja, eu mudo o modo de ser em sociedade. Em outro trabalho sobre o site da Canção Nova mesma coisa. Se não se fala em Nossa Senhora, ninguém diferencia este do site do Edir Macedo. Não há diferença.

MRS: então essa nova ambiência acaba, de algum modo, aproximando as instituições do ponto de vista de suas performances?

Pedro Gilberto Gomes: Sim. O conteúdo dentro desses meios se torna secundário, porque o que muda é o modo de relacionar. No site da Canção Nova tem missa, tem participação, pedido de oração, conselho. No caso do Edir Macedo não vai ter a missa, mas o culto, tem a pergunta para ele, pedido de oração, as manifestações etc. A questão não é de conteúdo é o modo de ser, como acostumo a assistir a missa, a fazer a oração diante do site, a conversar via site, a ouvir as respostas de oração, acender velas em ambiente virtual etc.

MRS: Bom, mesmo com essas semelhanças nós percebemos que a igreja católica e as igrejas protestantes tradicionais inicialmente apresentaram mais dificuldades pra poder se inserir e ocupar esses espaços na mídia. Enquanto isso igrejas evangélicas pentecostais despontaram com produções em todas as mídias. A que o senhor atribui isso?

Pedro Gilberto Gomes: a grande maioria das igrejas evangélicas pentecostais já nasceu sob o signo da televisão. Elas apenas entraram na corrente. E assim como entraram na televisão, também fizeram o mesmo nas redes sociais. A história dessas igrejas é uma história recente. Portanto, elas não têm nenhuma preocupação, nenhum compromisso com uma tradição. Não têm o peso da história. As igrejas históricas, tanto a católica quanto a luterana, ortodoxa, etc, todas essas igrejas têm uma tradição. Quando o rádio, a televisão e as redes sociais chegaram, elas já tinham uma história. O que está por trás dessas igrejas ainda é o conteúdo, o importante é o conteúdo. Para elas os meios de comunicação são instrumentos para que se expanda cada vez mais a Palavra, porque a palavra é que é importante, o conteúdo da mensagem é que é importante. As igrejas mais modernas [neopentecostais] já nasceram sob o signo da transitoriedade, percebendo que o importante é o parecer, o espetáculo. Eu voltaria a dizer pra ti o seguinte: toda essa situação está lançando para as igrejas históricas um enigma que deve ser decifrado. Ou elas decifram, ou serão devoradas. Ok?

Textos citados na entrevista



GOMES, P. G.. Da Igreja Eletrônica à sociedade em midiatização. São Paulo: Paulinas, 2010.



NANDI, Domingos Volney. Missa Catódica. O (des) encontro de suas lógicas no processo de midiatização da ritualidade da Celebração Eucarística. 2005. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos. 

Sobre o autor
Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1973), especialista em Teologia pela Pontificia Universidad Católica de Santiago, mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1987) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1991). Atualmente é professor titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação, comunicação cristã, comunicação, cultura e mídia. Membro do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Sul, membro do Conselho Superior da CIENTEC do Rio Grande do Sul e membro do Conselho Superior do CETA/SENAI e do CNTL/Ceta/Senai. Membro do Conselho Superior da FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa do estado do Rio Grande do Sul. Exerce o cargo de Pró-Reitor Acadêmico da Unisinos e é Diretor da Editora da mesma Universidade. 

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